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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11)

Mensagem por WML novembro 7th 2009, 15:19

Durante a apresentação foi comentado pela Dr. Grace que uma das condições necessárias para aprovação de um projeto de crédito de carbono é e necessidade de que a tecnologia envolvida seja liberada como "domínio público".

Como avalia isso do ponto de vista desta disciplina? A quais razões você atribuiu esta atitude?



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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Crédito de Carbono - MDL

Mensagem por PedroAugusto20575080 novembro 8th 2009, 11:17

A preocupação com o meio ambiente levou os países da Organização das Nações Unidas a assinarem um acordo que estipulasse controle sobre as intervenções humanas no clima.

Assim o mercado de créditos de carbono nasceu em dezembro de 1997 com a assinatura do Protocolo de Kyoto Desta forma, o Protocolo de Quioto determina que seus signatários países desenvolvidos (chamados também de países do Anexo I), reduzam suas emissões de gases de efeito estufa em 5,2%, em média, relativas ao ano de 1990, entre 2008 e 2012. Para tanto, existem algumas alternativas para auxiliá-los ao cumprimento de suas metas, chamadas de mecanismos de flexibilização. Esse período é também conhecido como primeiro período de compromisso. Para não comprometer as economias desses países, o protocolo estabeleceu que, caso seja impossível atingir as metas estabelecidas por meio da redução das emissões dos gases, os países poderão comprar créditos de outras nações que possuam projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) nasceu de uma proposta brasileira à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC). Trata-se do comércio de créditos de carbono baseado em projetos de sequestro ou mitigação. O MDL é um instrumento de flexibilização que permite a participação no mercado dos países em desenvolvimento, ou nações sem compromissos de redução, como o Brasil. Os países que não conseguirem atingir suas metas terão liberdade para investir em projetos MDL de países em desenvolvimento. Através dele, países desenvolvidos comprariam créditos de carbono, em tonelada de CO2 equivalente, de países em desenvolvimento responsáveis por tais projetos.

Há uma série de critérios para reconhecimento desses projetos, como estarem alinhados às premissas de desenvolvimento sustentável do país hospedeiro, definidos por uma Autoridade Nacional Designada (AND). No caso do Brasil, tal autoridade é a Comissão Interministerial de Mudança do Clima. Somente após a aprovação pela Comissão, é que o projeto pode ser submetido à ONU para avaliação e registro.

A negociação de contratos futuros de crédito de carbono já ocorre na Bolsa de Chicago e em países como Canadá, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Japão, Holanda, Noruega e Suécia. Em 2005 também entrará em vigor o mercado regional europeu, batizado de "European Union Emission Trading Scheme".

O Brasil deve se beneficiar deste cenário como vendedor de créditos de carbono, e também como alvo de investimentos em projetos engajados com a redução da emissão de gases poluentes, como é o caso do biodiesel. Segundo estimativas do Banco Mundial, o país poderá ter uma participação de 10% no mercado de MDL, equivalente a US$ 1,3 bilhões em 2007.

A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) vão lançar o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), que entrará em funcionamento até o fim de 2005, e funcionará como uma plataforma de negociação dos títulos emitidos por projetos que promovam a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. A criação do MBRE é uma iniciativa que visa profissionalizar a negociação, no mercado de capitais, dos papéis oriundos dos projetos de MDL, trabalhando na elaboração de um banco de projetos MDL no Brasil. Na prática, é mais um mercado de títulos que será operado pela bolsa. Inicialmente, os papéis poderão ser negociados por qualquer investidor que já compra ativos semelhantes no mercado de derivativos.

Portanto, os benefícios gerados pela produção de biodiesel no Brasil podem ser convertidos em vantagens econômicas, pelo acordo estabelecido no Protocolo de Kyoto e nas diretrizes do MDL. O ganho decorrente da redução da emissão de CO2, por queimar um combustível mais limpo, pode ser estimado em cerca de 2,5 toneladas de CO2 por tonelada de biodiesel. No mercado europeu, os créditos de carbono são negociados por volta de US$ 9,25 por tonelada. Portanto, 348 mil toneladas de biodiesel de mamona geram uma economia de 870 mil toneladas de CO2, podendo ser comercializada por US$ 8 milhões.

Outra vantagem que está sendo estudada é a absorção de carbono na atmosfera pela própria plantação de mamona. Uma lavoura de 1 hectare de mamona pode absorver até 8 toneladas de gás carbônico da atmosfera. Como para a substituição de 1% de diesel mineral são necessários 348 mil toneladas de mamona, são ocupados 740 mil hectares (conforme o item III.2). Ou seja, anualmente poderiam ser absorvidas mais 6 milhões de toneladas de carbono pela lavoura de mamona., o que poderia garantir para o Brasil mais US$ 55,5 milhões pela substituição ao diesel mineral. Porém, esse calculo não pode ser considerado, pois não existem garantias de que esse tipo de seqüestro seja comercializável, dado ao curto ciclo de vida da planta de mamona.

O Mercado de Créditos de Carbono e a Agroenergia
Antecedentes
A concentração de CO2 atmosférico aumentou 31% nos últimos 250 anos (figura abaixo), atingindo, provavelmente, o nível mais alto dos últimos 20 milhões de anos. Os valores tendem a aumentar significativamente se as fontes emissoras de gases de efeito estufa não forem controladas, como a queima de combustíveis fósseis e a produção de cimento, responsáveis pela produção de cerca de 75% destes gases. A mudança no uso da terra, como o desmatamento, também tem significativa contribuição (25%).

Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) 1imagem25





O aquecimento global, decorrente da emissão de gases de efeito estufa (GEE) por fontes antrópicas, é algo que tem trazido grande preocupação à sociedade moderna, principalmente dentro de cenários que configuram demanda crescente de energia, em maior parte de natureza não-renovável, decorrente principalmente do crescimento populacional. Mudanças climáticas podem resultar em externalidades negativas de diversa sorte às gerações futuras.

A Figura 18 demonstra como a região entre 30º. e 60º. de latitude norte, onde se localizam os países de Primeiro Mundo, que são os maiores emissores de gases de efeito estufa.

Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Co2-tempo-latitude



Panorama atual do MDL
O MDL é o mecanismo de flexibilização que oferece maior risco ao investidor, pelo alto grau de incerteza e pela burocracia que existe até a efetiva aprovação dos projetos pela ONU, além do alto custo de transação envolvido (em torno de US$ 100.000 a 150.000). Vale lembrar que alguns países de Anexo I, como a Islândia e a Austrália, não referendaram o compromisso de redução (com possibilidade, inclusive, de aumentar suas emissões no período de compromisso), e outros, como a Rússia, que têm reduzido substancialmente suas emissões, e que podem lucrar substancialmente com o comércio de permissões (allowances), as quais representam créditos mais seguros e de maior valor comercial.

Estudos económicos baseados em cenários futuros têm sido cada vez mais necessários para uma compreensão de longo prazo. Atualmente, a tonelada de carbono dos projetos de MDL é vendida em torno de US$ 5,00 a 6,00, para projetos que obedeçam todas as premissas do Protocolo de Quioto. Entretanto, outras alternativas de comercialização (iniciativas voluntárias) se apresentam, com regras mais flexíveis, como a CCX (Chicago Climate Exchange - Bolsa do Clima de Chicago), onde os preços para a tonelada são mais baixos (em torno de US$ 0,90). Com a recente ratificação do Protocolo, a expectativa é que estes valores sofram acréscimos ao longo do tempo.

Segundo estimativas do Banco Mundial, os principais compradores de créditos entre janeiro de 2004 e abril de 2005 foram o Japão (21%), a Holanda (16%), o Reino Unido (12%) e o restante da União Europeia (32%). Em termos de oferta de créditos (volume), considerando projetos de MDL e IC, a índia lidera o ranking, com 31%. O Brasil possui 13% do "share", o restante da Ásia (inclusive China) 14% e o restante da América Latina 22%. A participação da índia e do restante da Ásia é expressiva por seus projetos de destruição do HFC23, gás cujo potencial de aquecimento global é 11.700 vezes o do CO2.

Os projetos com ênfase em melhoria de eficiência energética, biomassa, etc, muitas vezes prevêem atividades para um período de 7 de 21 anos, muito embora o primeiro período de compromisso do Protocolo seja de 2008 a 2012. Desta forma, é muito difícil se determinar qual seria o potencial de projetos do mercado de créditos de carbono. Como existe um alto grau de incerteza quanto às negociações para o segundo período, optou-se por fazer uma estimativa apenas dentro do primeiro período para o que seria o potencial de participação anual do Brasil e do agronegócio neste mercado, conforme Tabela 16.

Estimativa do potencial de participação anual do agronegócio brasileiro no mercado de créditos de carbono para o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto (2008-2012).

Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Potencial-brasileiro



Existem, atualmente, 23 projetos de MDL oficialmente aprovados em todo o mundo, no âmbito da Convenção. Destes, apenas 2 são brasileiros, ambos de queima de gases em aterros sanitários, portanto, não vinculados ao agronegócio.

Particularidades do MDL
Os projetos, para serem aprovados, devem atender ao pré-requisito da adicionalidade, o que pressupõe que o projeto não seja a alternativa económica mais viável, ou seja, fuja do "business-as-usual". Muitas vezes, os projetos que apresentam argumentos que demonstram que estes só se viabilizam caso recebam o aporte de recursos do MDL, têm sido preferidos.

Assim, além de uma redução líquida de emissões significativa, existem outras exigências para que o projeto seja considerado adicional, como uma classificação preliminar referente à data do início de suas atividades, identificação de alternativas consistentes com a legislação corrente e regulamentação local, análise de investimento, análise de barreiras, análise de práticas comuns e impacto do registro como MDL.

Sob a ótica do desenvolvimento sustentável, no caso do Brasil, a Resolução n° 1 da Comissão Interministerial de Mudança do Clima determina que os projetos a ela submetidos tragam substanciais benefícios ambientais e sociais, garantindo a geração de emprego e renda.

A metodologia a ser utilizada para desenvolvimento, monitoramento e verificação precisa estar previamente avaliada, aprovada e registrada pelo Comité Executivo do MDL. Isto visa garantir que os projetos sejam desenvolvidos obedecendo tal metodologia, reconhecida previamente pelo Painel Metodológico da ONU.

Para tanto, o projeto deve mostrar que muda toda uma realidade, baseado em cenários de tendências caso este não se implante, o que também é chamado de "linha de base". Uma das principais dificuldades existentes é a falta de pesquisas que subsidiem, tecnicamente, tais linhas de base, e que possibilitem a aprovação de metodologias, necessárias ao desenvolvimento dos projetos.

Outra grande limitação é o custo de transação dos projetos, cujo valor mínimo gira em torno de US$ 150 mil. Na tentativa de viabilizar o acesso a proponentes de baixa renda, ou mesmo fomentar projetos de menor volume de RCE (Redução Certificada de Emissões), foi aprovada, no âmbito da Convenção, uma modalidade diferenciada para contemplar projetos de pequena escala, com exigências e metodologias simplificadas, no intuito de reduzir os custos de transação, de forma a incentivar o envolvimento de pequenos empresários, através de arranjos associativistas.

No Brasil, o MDIC, em parceria com a BM&F e subsidiado pela FGV criou o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. A ideia básica é a de organizar o mercado primário, por meio de um banco de projetos, com sistema de registro, armazenamento e classificação dos mesmos. Isto terá implicações interessantes, como a redução dos custos de transação, conferindo maior visibilidade para os investidores, auxiliando inclusive na identificação destes no mercado por parte dos proponentes.

Oportunidades para a agroenergia
Uma das grandes oportunidades para a agroenergia é a geração de energia a partir de resíduos ou co-produtos. Os projetos de co-geração a partir do bagaço da cana, por exemplo, geram créditos e estão sendo implementados. Por ter metodologia já aprovada, espera-se que um grande número de projetos sejam apresentados. Isto abre margem para outras oportunidades, como o aproveitamento de palha de arroz, resíduos da indústria madeireira, entre outros.

Apesar da limitação quanto ao mercado para sequestro de carbono, as atividades florestais podem se beneficiar de créditos pela substituição de fontes de energia fóssil (carvão mineral) por fonte de energia renovável (carvão vegetal) em siderurgias. Outra possibilidade seria o uso dos resíduos de serrarias para geração de energia por biomassa, já que a eficiência do aproveitamento da madeira é de cerca de 50%.

O manejo de dejetos animais, para aproveitamento do gás metano para geração de energia, é uma atividade com grande potencial, especialmente por já existir metodologia aprovada. Alguns projetosjã estão sendo implementados, com destaque para o projeto de granja Becker(MG) e da Sadia, em análise pela Comissão Interministerial, que deverão servir como piloto, beneficiando diretamente os produtores rurais.

Por se apresentar como um programa de governo, que tem uma série de barreiras técnicas e de viabilidade económica a serem transpostas, o biodiesel possui grande potencial, especialmente quando se pensa em substituição de fonte energética. Outro fator positivo são os benefícios sociais, amplamente contemplada neste programa.
Oportunidades indiretas, decorrentes das exigências do Protocolo de Quioto, devem ser também consideradas. A exemplo disso, o Japão, em um esforço para reduzir suas emissões, autorizou a mistura de 3% de álcool em sua gasolina, o que abre um mercado grande às exportações brasileiras de etanol.

Reduções de emissões de GEE
A Figura 19 apresenta, de forma esquemática, o efeito estufa natural, que pode ser acirrado com a emissão desenfreada de GEE.

Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Efeito-estufa



O uso da biomassa para sequestro de carbono é ponto pacífico, sendo que o IPCC estima que entre 60 e 87 bilhões de toneladas de carbono poderão ser estocadas em florestas, entre 1990 e 2050, equivalendo a 12-15% das emissões por combustíveis fósseis, no mesmo período. Para que a biomassa possa, efetivamente, atender as expectativas de mitigar os impactos dos combustíveis fósseis no ambiente, algumas condições necessitam ser preenchidas, como:
a. Produção sustentável de matéria prima e uso dos recursos energéticos de forma a resultar em uma produção neutra de CO2;
b. Sequestro e fixação do carbono por longos períodos, inclusive após a vida útil do vegetal (ex. produção de móveis de madeira);
c. substituição direta de combustíveis fósseis, como é o caso do etanol e dos biocombustíveis derivados de óleos vegetais.

É sempre importante ter em mente o conceito de gases de efeito estufa (GEE), do qual o CO2 é apenas o paradigma do índice de medição de emissões. Outros gases, como o metano e o anidrido sulfuroso são extremamente perniciosos, enquanto poluidores atmosféricos, constituindo-se em uma das vantagens do uso de biomassa a emissão baixa ou nula destes gases.

Comparando as duas estratégias de redução do impacto das emissões de GEE, o uso energético da biomassa é mais vantajoso que o sequestro e fixação, pois:
a. biocombustfveis e a biomassa energética em geral podem substituir, diretamente, os combustíveis fósseis;
b. há menos incerteza nas medições das contribuições da biomassa energética que no sequestro de carbono;
c. o custo de investimento é menor, pois o sequestro de carbono significa que, de alguma forma, a energia para a sociedade necessitará ser suprida;
d. a redução de emissões pela biomassa energética é definitiva, enquanto as florestas de sequestro, quando utilizadas para fins não permanentes, devolvem o CO2 à atmosfera;
e. os estudos disponíveis demonstram que, no longo prazo, o uso de biomassa energética é mais eficiente no uso da terra que as florestas para sequestro de carbono.

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Re: Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11)

Mensagem por PedroAugusto20575080 novembro 8th 2009, 11:26

Bom dia a todos,
O primeiro texto é um artigo que achei na internet para as pessoas entenderem melhor do créditos de carbono antes de respoder o tópico...
e agora a resposta de como se dá a aprovação de um projeto.



Com o objetivo de incluir mais facilmente os pequenos empreendimentos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o governo brasileiro propôs a criação de um grupo sobre bens e serviços ambientais, no Subgrupo VI do Mercado Comum do Sul (Mercosul).

Esse grupo visa conquistar o apoio dos países sul-americanos, para flexibilizar as exigências da ONU em relação aos projetos.

Proposta brasileira
O intuito do MDL, descrito no artigo 12 do Protocolo de Quioto, é proposta de um pesquisador brasileiro chamado Gylvan Meira, do Instituto de Estudos Aplicados da Universidade de São Paulo.

O mecanismo admite a participação voluntária de países em desenvolvimento,
que não fazem parte do Anexo I, grupo de países ricos que têm a obrigação de reduzir pelo menos 5% das emissões de poluentes de 1990 entre 2008 e 2012,
quando expira o prazo do Protocolo.

Essencialmente, para ser aprovado, o projeto precisa efetuar mudanças reais, mensuráveis e de longo prazo para a mitigação da mudança do clima. O exigente processo de aprovação inclui dois critérios fundamentais: adicionalidade e sustentabilidade.

Critérios
O primeiro exige a comprovação de que seu projeto é realmente importante para desacelerar o aquecimento global, demonstrando como era a situação sem o MDL e como passa a ser com ele.

Em segundo lugar, para ser aprovado, o projeto tem de prever uma contribuição efetiva para o desenvolvimento sustentável local, promovendo benefícios socioeconômicos.

Etapas
De acordo com o manual elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, existem sete etapas que devem ser cumpridas até a aprovação de um projeto:

1) Elaboração de documento de concepção de projeto (DCP), usando metodologia de linha de base e plano de monitoramento aprovados;

2) Validação, que verifica se o projeto está de acordo com a regulamentação do Protocolo de Quioto;

3) Autorização pela AutoridadeNacional Designada (AND), que no caso do Brasil é a CIMGC;
4) Submissão ao Conselho Executivo para registro;

5) Monitoramento;

6) Verificação/certificação; e

7) Emissão de unidades, segundo o acordo do projeto.


o manual completo pode ser visto no PDF no site :

http://www.mct.gov.br/upd_blob/0025/25014.pdf

PedroAugusto20575080

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Mensagem por Pedro 20675089 novembro 8th 2009, 17:04

O crescimento do mercado de créditos de carbono no Brasil passa, essencialmente, pela participação ativa do Governo Federal, seja por meio de parcerias público-privadas, seja através de seus Ministérios ou de seus Estados-membros. As regras deste mercado devem ser de domínio público, ou seja, deve-se promover a disseminação do conhecimento acerca das regras de aprovação de projetos de MDL. De outra forma, nunca se chegará aos patamares projetados e, ao contrário, outra nação irá ocupar este espaço no mercado. Niesten et al. (2002) dizem que a eficiência funcional deste mercado requer a construção cuidadosa de princípios e regras internas (nacionais) para a comercialização e operação, com vistas a garantir o máximo desempenho econômico, e poucos impactos sociais e ambientais negativos. Estes autores propõem, inclusive, que o Estado fiscalize a comercialização de créditos de carbono, para evitar a participação de intermediários, que normalmente se apropriam de grande parte da lucratividade de um projeto de MDL. Congressos e seminários devem ser realizados, com vistas a incentivar a participação de médios e pequenos empresários neste mercado, mas não somente nos grandes centros (as capitais estaduais), e sim nas pequenas e médias cidades. É lá que estão os futuros projetos de MDL do país. É assim que têm agido os líderes deste mercado, Índia e China. A parceria entre municípios, Estados, Governo Federal, universidades, ONG’s e a iniciativa privada é o caminho que o Brasil deve seguir para crescer cada vez mais no mercado mundial de créditos de carbono, atribuindo assim o mesmo mercado de créditos de carbono como sendo importante não só para o Brasil enquanto nação, mas também para seus Estados-membros, quando patrocinadores de projetos. O desenvolvimento de um projeto de MDL requer a qualificação da mão-de-obra envolvida e sua necessária formação intelectual (como cursos de pós-graduação e extensão universitária), e também promove a abertura de novos postos de trabalho, a grande maioria na zona rural. É tarefa que exige a participação ativa do Governo Federal; este é o único capacitado a movimentar todas as partes envolvidas – iniciativa privada, Estados, municípios e ONG’s – em direção à conquista deste mercado.

http://digao.bio.br/rizomas/polemicas/84-os-creditos-de-carbono-vaoajudar.html

http://books.google.com.br/booksid=gPxPBBHkKIsC&pg=PA88&lpg=PA88&dq=cr%C3%A9dito+de+carbono+dominio+p%C3%BAblico&source=bl&ots=v232aPYGWn&sig=mn8a4zZX3fOMOtZaCniNVnD_oY&hl=ptBR&ei=RTD3SqqrDJCJuAeWzq21AQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=10&ved=0CCQQ6AEwCTgo#v=onepage&q=&f=false
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Mensagem por sabrina-fidelix 20875134 novembro 11th 2009, 10:15

Mercado de Carbono é o termo popular utilizado para denominar os sistemas de negociação de unidades de redução de emissões do GEEs. No âmbito do Protocolo de Quioto há dois tipos de mercados de carbono: mercado de créditos gerados por projetos de redução de emissões (Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e Projetos de Implementação Conjunta), e mercado de permissões.

É importante ressaltar que o mercado “oficial”, ou seja, em conformidade com as regras estabelecidas pela ONU ainda não existe, está em fase de regulamentação. Na última Conferência Internacional das Partes (COP) é que se estabeleceu a forma de registro dos projetos, faltando ainda a regulação das outras etapas.

No entanto, muitas empresas já possuem projetos de MDL, os quais se encontram em diferentes etapas do procedimento. Uma das empresas que atuam no setor, dando assessoria técnica, investindo em projetos de MDL através de parcerias e intermediando a venda é a ECONERGY.

Apesar de o mercado “oficial” da ONU ainda não estar em funcionamento, “mercados paralelos” surgiram, onde projetos privados são negociados em bolsas de carbono localizadas principalmente nos EUA, possuindo, no entanto, regras e parâmetros diferentes dos adotados pela ONU em razão do Tratado de Kyoto.

Frente a esses novos desafios inicialmente estabelecidos em Quioto, as empresas que se encontram nos países enquadrados no grupo dos países industrializados sofreram um significativo impacto, uma vez que deverão atingir metas determinadas de emissão máxima de gases poluentes.

Caso ultrapassem suas respectivas quotas, a alternativa dada a esses países é a utilização do mecanismo de compensação estabelecido no Protocolo, segundo o qual as empresas dos países industrializados poderão comprar os chamados “créditos de carbono” de empresas localizadas em países em desenvolvimento.

Estima-se que a partir de 2008, quando efetivamente passam a valer as regras do Protocolo, aproximadamente 13 bilhões de dólares serão movimentados no mercado internacional para que se financiem projetos de aprisionamento de carbono. O Brasil tem capacidade de absorver uma grande parcela desses investimentos, por meio de empresas que explorem atividades que se enquadrem nos critérios do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e que viabilizem juridicamente seu projeto.

Tais investimentos aquecem a possibilidade de ampliação de iniciativas sustentáveis na atividade industrial, em diversas áreas. Um dos setores que mais desperta a atenção dos empreendedores, principalmente do setor sucroalcooleiro, é a possibilidade de co-geração de energia elétrica pelo aproveitamento do bagaço de cana. Trata-se de um dos melhores exemplos de aproveitamento de energia renovável para projetos que tenham em vista a injeção monetária externa decorrente das regras do Protocolo de Quioto.

No Brasil, no setor energético, já existe uma gama de projetos para a geração de energia por meio de fontes renováveis e alternativas de co-geração, objetivando-se assim a redução da utilização dos combustíveis fósseis, um dos principais agentes no agravamento do efeito estufa.

Uma atividade também passível de adequação ao Protocolo é a do tratamento de resíduos, com a transformação de lixões em aterros sanitários, aproveitando-se o metano liberado na decomposição do lixo para a produção de energia elétrica. Outro mercado atrativo é o do reflorestamento, já que o Brasil possui grandes reservas naturais em seu território, além da maior floresta tropical do mundo.

Conclusão

Falar em comercialização de “Créditos de Carbono”, após um breve estudo sobre o tema, não tenho dúvida de que o Protocolo de Quioto é uma iniciativa mundial que promete trazer inúmeros benefícios de ordem ambiental, econômica e social.

Principalmente quando se trata dos mecanismos de flexibilização, em especial, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), torna-se possível reduzir as emissões globais de GEEs e, ao mesmo tempo, abre-se importante alternativa para o desenvolvimento sustentado dos países emergentes.

Assim, se por um lado é um importante passo ao desenvolvimento de uma política global de desenvolvimento sustentável, por outro é uma formidável oportunidade negocial que deve ser observada com criteriosa análise por empresários brasileiros.

As empresas brasileiras possuem grandes possibilidades de viabilizarem projetos de MDL, contudo, para o Brasil solidificar seu potencial de atração de investimentos será necessário tomar algumas medidas urgentes.

Uma das principais medidas se refere à definição da natureza jurídica do crédito de carbono, que dará ensejo à definição de outras questões que hoje são controversas, a saber: a tributação que deverá recair sobre os CERs; a contabilização destes no balanço das empresas, além da regulação do fluxo de recursos para o Brasil e para o exterior decorrente de negociações com CERs. Referidas providências trarão maior segurança aos investidores neste mercado.

Na competição por atração de investimentos, cabe às autoridades brasileiras o papel de incentivar este mercado. O país que sair na frente deverá colher os frutos do pioneirismo. Neste sentido, a celeridade das providências visando fomentar este mercado deverá ter papel decisivo na captação de investimentos.


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http://www.biodieselbr.com/credito-de-carbono/mdl/index.htm

sabrina-fidelix 20875134

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Re: Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11)

Mensagem por Raphaelfrf novembro 11th 2009, 12:28

Tendo em vista que os créditos de carbono podem ser comercializados e então servirem como forma de receita em uma empresa, tal providencia foi tomada afim de que empresas não perdessem o foco no real objetivo dos créditos de carbono, que não é ganhar dinheiro, e sim usar essa forma de ganhar ou não perder dinheiro para estimular grandes produtores a poluirem menos e estabelecer uma cota aceitável dentro das suas proporções.

As empresas que por alguma inovação tecnológica otimizarem seu processo, podem optar por tornar essa tecnologia publica afim de receber créditos de carbono(comercializáveis) e então produzirem mais sem cobrança de multa, ou mesmo comercializar as cotas extras.

Creio que essa atitude seja importantíssima pois assim as empresas terão preocupação em sempre estarem emitindo menos gases nocivos e tendo vantagens não só pra si mesmas quanto para o meio ambiente(quando permitirem que outras empresas tenham acesso à tecnologia usada para melhorar os índices de emissão),

Do ponto de vista da matéria vejo como o modo das empresas se organizarem a fim de solucionar um problema e garantir maior receita, com o uso de boas idéias e novas tecnologias.

fonte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A9ditos_de_carbono
http://www.blograizes.com.br/o-que-e-credito-de-carbono-e-qual-sua-importancia-em-nossas-vidas.html
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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Créditos de Carbono

Mensagem por rodolfomartins novembro 11th 2009, 14:36

A geração de créditos de carbono será prejudicada caso sejam aprovadas transformações nos cálculos do fator de emissão – quantidade de CO2 emitida por cada megawatt produzido pela rede elétrica.
A proposta do governo prevê a redução do fator de emissão do sistema elétrico interligado, de modo que quem investir em energia limpa e quiser comercializar os créditos de carbono não terá mais o retorno financeiro obtido hoje. Desde o início da comercialização internacional, os projetos brasileiros do setor utilizam uma metodologia aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre as alterações sugeridas, o especialista destacou a divisão do complexo elétrico brasileiro em quatro sub-regiões pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). De acordo com ele, antes o ONS separava o complexo em duas partes, a primeira composta pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e a segunda, pelas Norte e Nordeste. “Com essa nova divisão, as oportunidades de conseguir mais créditos para a região Sudeste, a mais ativa nessa atividade, foram reduzidas”, ressaltou.

Em 2007, o mercado mundial de carbono movimentou cerca de US$ 60 bilhões. Para se ter uma idéia, segundo a Point Carbon – líder mundial em análise e serviços de consultoria especializada no assunto –, o setor não representava mais que US$ 33 bilhões no ano anterior.

Prefeituras podem se beneficiar desse modelo, utilizando os créditos para construir aterros sanitários. Fabricantes de PCHs também, assim como usineiros e plantadores de cana. Uma PCHs, por exemplo, exige investimento de R$ 30 milhões, mas poderá obter 2,5% ao ano com crédito de carbono. Estima-se que, no caso de um suinocultor, os ganhos podem corresponder a 5% da receita.

"It is not the strongest of the species that survive, nor the most intelligent, but the ones most responsive to change."Charles Darwin, 1809-1882

http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-gerais/2007/agosto-2007/o-mercado-de-credito-de-carbono/
http://asnovidades.com.br/2007/creditos-de-carbono/
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/credito_carbono.htm

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Mensagem por ronalldo 20675003 novembro 11th 2009, 21:32

A idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima.

Em função disso foi criado um certificado que é emitido pelas agências de proteção ambiental reguladoras, atestando que houve redução de emissão de gases do efeito estufa. A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo com a quantidade de emissão de carbono reduzida.

Foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.

Esse certificado é negociado no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição. Há diversos meios para consegui-lo, alguns exemplos são: reflorestamento; redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis; substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), entre outras; aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.

Em acordos internacionais os países desenvolvidos passaram a ter cotas máximas para emitir esses gases do efeito estufa. Coube a esses países criar leis para restringir a emissão desses gases em seus territórios.

Os países ou suas indústrias que ultrapassarem as metas estabelecidas terão que comprar os certificados de crédito de carbono, da mesma forma que quem conseguir reduzir suas emissões poderá vender o excedente dessa redução de emissão de gases nas Bolsas de Valores e de Mercadorias a outros países ou indústrias que necessitem desses créditos.

O mercado de carbono possui um critério que se chama adicionalidade. Segundo este, um projeto precisa absorver dióxido de carbono da atmosfera, no caso de reflorestamentos, ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa, no caso de eficiência energética.

Algumas pessoas criticam esses certificados por entenderem que eles autorizam países e indústrias a poluir. E isso pode ser verdade, pois a intenção da criação desse certificado era organizar critérios de neutralização da emissão desses gases poluidores.

Porém, também havia embutido dentro do programa a intenção de que os países que fossem os maiores poluidores diminuissem suas emissões, e que esse mercado de carbono servisse de estímulo para incentivar os países em desenvolvimento para que, atraídos pelo ganho financeiro, cuidassem melhor de suas florestas e evitassem queimadas.

Mas não foram suficientes os alertas e os estímulos financeiros. Algumas empresas continuam a destruir as florestas pela sua ganância e ignorância, esquecendo que as conseqüências serão muito graves para todos nós e as gerações futuras.

Os governos foram omissos e permitiram, e ainda permitem, que o desmatamento sem controle furte a nossa maior riqueza: as florestas. Hoje ainda assistimos governantes de países importantes ignorarem todos os sinais de perigo dados pela natureza contra a vida humana.

Duas atitudes deveriam ser adotadas imediatamente por todos os governos do mundo. A primeira seria a diminuição em percentuais importantes das emissões de gases poluentes, seja nas indústrias ou nos transportes. A segunda, agir fortemente contra o desmatamento descontrolado das florestas.

Tomamos conhecimento recentemente de que o Incra, órgão ligado ao Governo Federal, é o responsável pelo maior desmatamento em nosso País. Isso causou-nos surpresa e descrédito quanto ao poder público, pois se o governo não consegue controlar nem os seus subordinados como irá fiscalizar os outros?

Por tudo isso, a criação dos créditos de carbono tem um papel importante de conscientização dos países e suas indústrias, mas não será suficiente para resolver esse problema se não houver vontade de todos os envolvidos. Governos, empresas e sociedade devem sentar-se juntos e discutir como mudar esse crime, que é contra o meio ambiente, mas, principalmente, contra nós mesmos.

Para sermos um mundo sustentável são necessários mais que programas de incentivo financeiro ligados ao meio ambiente. É necessário que tenhamos responsabilidade socioambiental e consciência coletiva da necessidade dessa mudança, agora.

---------------------------------------------------------------------------------------------
Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir.

O princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes.

Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. A empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais.

Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de Mercadorias, como o exemplo do Clean Air de 1970, e os contratos na bolsa estadunidense. (Emission Trading – Joint Implementation).

Há várias empresas especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás espalhadas pelo mundo se preparando para vender cotas dos países subdesenvolvidos e países em desenvolvimento, que em geral emitem menos poluentes, para os que poluem mais. Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.

Crédito de Carbono é então, uma espécie de moeda ambiental, que pode ser conseguida por diversos meios:Projetos que absorvam GEE (Gases de Efeito Estufa) da atmosfera, reflorestamento, por exemplo:

Redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis;

"Substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica) etc;

Aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários), para a produção de energia."

No Brasil temos um grande potencial para a geração de “créditos de carbono”. O porte de nosso setor florestal é inigualável, nossa matriz energética é peculiar e não nos faltam fatores físicos, geográficos e climáticos favoráveis ao desenvolvimento de fontes energéticas ambientalmente sadias.

A quantificação é feita com base em cálculos, os quais demonstram a quantidade de dióxido de carbono a ser removida ou a quantidade de gases do efeito estufa que deixará de ser lançada na atmosfera com a efetivação de um projeto. Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente. Essa medida internacional foi criada para medir o potencial de aquecimento global (GWP – Global Warmig Potencial) de cada um dos seis gases causadores do efeito estufa. Por exemplo, o metano possui um GWP de 23, pois seu potencial causador do efeito estufa é 23 vezes mais poderoso que o CO2. Em países como a China e a Índia, ainda é utilizado na indústria de refrigeração, um gás chamado HFC 23 que possui um GWP de 11.700, ou seja, muito mais poderoso que o CO2 e que o CH4.

Esses países estão desenvolvendo projetos de MDL baseados na utilização de tecnologias para coletar e dissolver este gás.

Segunda a Ecosecurities, a tonelada de carbono está sendo vendida no Brasil, por cerca de US$ 5, devido ao risco Brasil.

Risco Brasil – no caso do Brasil, como também no da África, é exigida uma série de certificações e avais em função dos riscos de crédito, por todas as questões de credibilidade: o chamado “Risco Brasil”. O Brasil não é considerado no mercado internacional um bom pagador. Já tivemos escândalos financeiros que assustaram investidores sérios, atraindo ao país investimentos de curtíssimo prazo, capital especulativo e volátil, além dos chamados farejadores das Ilhas Cayman, que adoram negócios “nebulosos” para ancorar as operações de lavagem de dinheiro. Tudo isso entra na contabilidade dos empréstimos internacionais, e o risco que corremos é de acontecer de o dinheiro com taxa baixa ou a fundo perdido chegar na mão do pequeno com taxas altíssimas.

Não se deve esquecer ainda da vulnerabilidade deste indivíduo diante de contratos complexos, projetos duvidosos e pressões de especuladores, interessados em comprar terras abaixo do preço do mercado para se credenciarem a esses investimentos.

Fontes:

http://www.ambientebrasil.com.br

http://www.carbonobrasil.com/faq.htm

http://www.carbotrader.com/carbono_port.htm

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Mensagem por ronalldo 20675003 novembro 11th 2009, 21:41

Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir.

O princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes.

Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. A empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais.

Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de Mercadorias, como o exemplo do Clean Air de 1970, e os contratos na bolsa estadunidense. (Emission Trading – Joint Implementation).

Há várias empresas especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás espalhadas pelo mundo se preparando para vender cotas dos países subdesenvolvidos e países em desenvolvimento, que em geral emitem menos poluentes, para os que poluem mais. Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.

Crédito de Carbono é então, uma espécie de moeda ambiental, que pode ser conseguida por diversos meios:Projetos que absorvam GEE (Gases de Efeito Estufa) da atmosfera, reflorestamento, por exemplo:

Redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis;

"Substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica) etc;

Aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários), para a produção de energia."

No Brasil temos um grande potencial para a geração de “créditos de carbono”. O porte de nosso setor florestal é inigualável, nossa matriz energética é peculiar e não nos faltam fatores físicos, geográficos e climáticos favoráveis ao desenvolvimento de fontes energéticas ambientalmente sadias.

A quantificação é feita com base em cálculos, os quais demonstram a quantidade de dióxido de carbono a ser removida ou a quantidade de gases do efeito estufa que deixará de ser lançada na atmosfera com a efetivação de um projeto. Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente. Essa medida internacional foi criada para medir o potencial de aquecimento global (GWP – Global Warmig Potencial) de cada um dos seis gases causadores do efeito estufa. Por exemplo, o metano possui um GWP de 23, pois seu potencial causador do efeito estufa é 23 vezes mais poderoso que o CO2. Em países como a China e a Índia, ainda é utilizado na indústria de refrigeração, um gás chamado HFC 23 que possui um GWP de 11.700, ou seja, muito mais poderoso que o CO2 e que o CH4.

Esses países estão desenvolvendo projetos de MDL baseados na utilização de tecnologias para coletar e dissolver este gás.

Segunda a Ecosecurities, a tonelada de carbono está sendo vendida no Brasil, por cerca de US$ 5, devido ao risco Brasil.

Risco Brasil – no caso do Brasil, como também no da África, é exigida uma série de certificações e avais em função dos riscos de crédito, por todas as questões de credibilidade: o chamado “Risco Brasil”. O Brasil não é considerado no mercado internacional um bom pagador. Já tivemos escândalos financeiros que assustaram investidores sérios, atraindo ao país investimentos de curtíssimo prazo, capital especulativo e volátil, além dos chamados farejadores das Ilhas Cayman, que adoram negócios “nebulosos” para ancorar as operações de lavagem de dinheiro. Tudo isso entra na contabilidade dos empréstimos internacionais, e o risco que corremos é de acontecer de o dinheiro com taxa baixa ou a fundo perdido chegar na mão do pequeno com taxas altíssimas.

Não se deve esquecer ainda da vulnerabilidade deste indivíduo diante de contratos complexos, projetos duvidosos e pressões de especuladores, interessados em comprar terras abaixo do preço do mercado para se credenciarem a esses investimentos.

Fontes:

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Mensagem por ronalldo 20675003 novembro 11th 2009, 21:46

Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir.

O princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes.

Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. A empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais.

Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de Mercadorias, como o exemplo do Clean Air de 1970, e os contratos na bolsa estadunidense. (Emission Trading – Joint Implementation).

Há várias empresas especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás espalhadas pelo mundo se preparando para vender cotas dos países subdesenvolvidos e países em desenvolvimento, que em geral emitem menos poluentes, para os que poluem mais. Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.

Crédito de Carbono é então, uma espécie de moeda ambiental, que pode ser conseguida por diversos meios:Projetos que absorvam GEE (Gases de Efeito Estufa) da atmosfera, reflorestamento, por exemplo:

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A quantificação é feita com base em cálculos, os quais demonstram a quantidade de dióxido de carbono a ser removida ou a quantidade de gases do efeito estufa que deixará de ser lançada na atmosfera com a efetivação de um projeto. Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente. Essa medida internacional foi criada para medir o potencial de aquecimento global (GWP – Global Warmig Potencial) de cada um dos seis gases causadores do efeito estufa. Por exemplo, o metano possui um GWP de 23, pois seu potencial causador do efeito estufa é 23 vezes mais poderoso que o CO2. Em países como a China e a Índia, ainda é utilizado na indústria de refrigeração, um gás chamado HFC 23 que possui um GWP de 11.700, ou seja, muito mais poderoso que o CO2 e que o CH4.

Esses países estão desenvolvendo projetos de MDL baseados na utilização de tecnologias para coletar e dissolver este gás.

Segunda a Ecosecurities, a tonelada de carbono está sendo vendida no Brasil, por cerca de US$ 5, devido ao risco Brasil.

Risco Brasil – no caso do Brasil, como também no da África, é exigida uma série de certificações e avais em função dos riscos de crédito, por todas as questões de credibilidade: o chamado “Risco Brasil”. O Brasil não é considerado no mercado internacional um bom pagador. Já tivemos escândalos financeiros que assustaram investidores sérios, atraindo ao país investimentos de curtíssimo prazo, capital especulativo e volátil, além dos chamados farejadores das Ilhas Cayman, que adoram negócios “nebulosos” para ancorar as operações de lavagem de dinheiro. Tudo isso entra na contabilidade dos empréstimos internacionais, e o risco que corremos é de acontecer de o dinheiro com taxa baixa ou a fundo perdido chegar na mão do pequeno com taxas altíssimas.

Não se deve esquecer ainda da vulnerabilidade deste indivíduo diante de contratos complexos, projetos duvidosos e pressões de especuladores, interessados em comprar terras abaixo do preço do mercado para se credenciarem a esses investimentos.

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Mensagem por Rafaela novembro 12th 2009, 17:31

Crédito de Carbono

O planeta Terra vem sofrendo com os efeitos da poluição causada pela ação antrópica sobre os recursos naturais. No que se refere à poluição atmosférica, a emissão descontrolada de gases tóxicos, provenientes, principalmente, da queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), combinada com a destruição de áreas cada vez maiores de florestas, provocam maior concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera.

Protocolo determinou que os países industrializados, considerados os mais poluidores, têm a obrigação de reduzir suas emissões de carbono (CO2) a um nível 5% (cinco por cento) menor que o medido em 1990. Tais metas deverão ser atingidas entre os anos de 2008 e 2012.

Os países que não constam do referido Anexo, dentre eles o Brasil, por não terem o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, poderão negociar seus créditos de carbono com os países industrializados.

A criação de mecanismos de mercado que valorizam os recursos naturais é uma grande inovação.

O que pode haver é uma forte demanda por países industrializados e uma expectativa futura de que esse mercado venha a ser um “grande negócio”, uma fonte de investimentos, do ponto de vista estritamente financista.
Os CDMs ou MDLs (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo) em síntese, são alternativas que implicam em assumir uma responsabilidade para reduzir as emissões de poluentes e promover o desenvolvimento sustentável. Trata-se de um mecanismo de investimentos, pelo qual países desenvolvidos podem estabelecer metas de redução de emissões e de aplicação de recursos financeiros em projetos como reflorestamentos, produção de energia limpa.
Nem todo projeto de CDM gera necessariamente uma “commodity tradicional” e muito menos uma “commodity ambiental”.
Não importa para as “commodities ambientais” o que capta mais carbono. Importa, porém, o que gera mais emprego e mantém mais áreas de preservação. O modelo de “commodities ambientais” que propomos debater é exatamente produzir uma trava que impeça que um ecossistema seja prejudicado para favorecer a exploração comercial do outro. O marketing dos países ricos, prometendo dinheiro aos projetos ambientais dos países pobres, pode ser uma faca de dois gumes para o meio ambiente.

Existe o risco dos certificados de carbono serem transformadas apenas numa operação financeira para dar lucros aos seus investidores e acabar não gerando nenhuma vantagem para o meio ambiente. Isto é, se os instrumentos econômicos forem uma promessa de capturar carbono no futuro.
O crédito de carbono seria serviço, mercadoria, valor mobiliário, ativo, derivativo, ou commodity? Um ativo tangível ou intangível? Ou não seria nada disso? A resposta a essas perguntas torna-se vital para a definição do negócio jurídico e o respectivo enquadramento tributário.
No Brasil ,precisamos mapear as nossas reais necessidades e fazer a lição de casa para então conseguirmos também adotar uma postura mais séria e fazer propostas mais concretas nas relações com a ALCA, Mercosul, no Protocolo de Kyoto, etc.

Com a proposta BECE e a elaboração de Projetos Econômico-Financeiros para os Mercados de “Commodities Ambientais”, estaremos colocando a preservação ambiental na contabilidade como ativo/ investimento e não como passivo/ prejuízo, tentado mudar a visão dos empresários e investidores hoje em relação à questão sócio-ambiental. Especialmente, onde as commodities ambientais poderiam ajudar a luta pelo combate ao efeito estufa que está comprovadamente aquecendo o planeta e provocando prejuízos enormes com o agravamento das secas, chuvas, tempestades.

http://www.ambientebrasil.com.br
http://www.carbonobrasil.com/faq.htm

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Re: Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11)

Mensagem por Thiago Lima 20575006 novembro 12th 2009, 17:38

Tomamos conhecimento de que o Incra, órgão ligado ao Governo Federal, é o responsável pelo maior desmatamento em nosso País. Isso causou-nos surpresa e descrédito quanto ao poder público, pois se o governo não consegue controlar nem os seus subordinados como irá fiscalizar os outros.
Por tudo isso, a criação dos créditos de carbono tem um papel importante de conscientização dos países e suas indústrias, mas não será suficiente para resolver esse problema se não houver vontade de todos os envolvidos. Governos, empresas e sociedade devem sentar-se juntos e discutir como mudar esse crime, que é contra o meio ambiente, mas, principalmente, contra nós mesmos.

O protocolo de Kyoto começou a vigorar em fevereiro de 2005 e tem por objetivo a redução da emissão de gases na atmosfera, principalmente gás carbônico. Países desenvolvidos, por serem maiores poluidores, precisam adquirir de países em desenvolvimento, como o Brasil, créditos de carbono para atingir metas estabelecidas pela ONU.
A idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima.
O mercado de carbono possui um critério que se chama adicionalidade. Segundo este, um projeto precisa absorver dióxido de carbono da atmosfera, no caso de reflorestamentos, ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa, no caso de eficiência energética. Porém, também havia embutido dentro do programa a intenção de que os países que fossem os maiores poluidores diminuissem suas emissões, e que esse mercado de carbono servisse de estímulo para incentivar os países em desenvolvimento para que, atraídos pelo ganho financeiro, cuidassem melhor de suas florestas e evitassem queimadas.

bibliografia:
http://www.sae.gov.br/site/?p=452
http://tede.biblioteca.ucg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=430
http://www.bibliotecadigital.ufba.br/tde_busca/arquivo.php?odArquivo=725
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2006/04/06/ult29u47126.jhtm

Thiago Lima 20575006

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Mensagem por Tairrone 20575054 novembro 13th 2009, 08:04

Mesmo não podendo desfrutar da apresentação completa feita pela Dr.Grace, tive a oportunidade de conhecer um pouco sobre o assunto em pesquisas futuras e junto aos meus amigos de turma. Ficou entendido que a idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que resultam no efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no clima.
Como resultado disso foi criado um certificado que é emitido pelas agências de proteção ambiental reguladoras, atestando que houve redução de emissão de gases do efeito estufa. A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo com a quantidade de emissão de carbono reduzida. Olhando de uma forma bruta, é como se fossem royalties pelo serviço prestado à natureza.
Foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.
Esse certificado é negociado no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição. Há diversos meios para consegui-lo, alguns exemplos são: reflorestamento; redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis; substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), entre outras; aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.
A idéia de tornar permissível a aceitação de tal método somente para tecnologias de domínio público é um incentivo a integração e comunização das idéias entre empresas que ainda temem se comprometerem com tal atitude por considerarem se incapazes de atingirem tais níveis de emissões. Sendo que uma tome partido e disponibilize essa para todo um grupo, o resultado seria uma teia de novas adesões em difusão tecnológica. Todas abrangiriam
Em acordos internacionais os países desenvolvidos passaram a ter cotas máximas para emitir esses gases do efeito estufa. Coube a esses países criar leis para restringir a emissão desses gases em seus territórios.
Os países ou suas indústrias que ultrapassarem as metas estabelecidas terão que comprar os certificados de crédito de carbono, da mesma forma que quem conseguir reduzir suas emissões poderá vender o excedente dessa redução de emissão de gases nas Bolsas de Valores e de Mercadorias a outros países ou indústrias que necessitem desses créditos.
O mercado de carbono possui um critério que se chama adicionalidade. Segundo este, um projeto precisa absorver dióxido de carbono da atmosfera, no caso de reflorestamentos, ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa, no caso de eficiência energética.
Algumas pessoas criticam esses certificados por entenderem que eles autorizam países e indústrias a poluir. E isso pode ser verdade, pois a intenção da criação desse certificado era organizar critérios de neutralização da emissão desses gases poluidores.
Por tudo isso, a criação dos créditos de carbono tem um papel importante de conscientização dos países e suas indústrias, mas não será suficiente para resolver esse problema se não houver vontade de todos os envolvidos. Governos, empresas e sociedade devem sentar-se juntos e discutir como mudar esse crime, que é contra o meio ambiente, mas, principalmente, contra nós mesmos.
Para sermos um mundo sustentável são necessários mais que programas de incentivo financeiro ligados ao meio ambiente. É necessário que tenhamos responsabilidade socioambiental e consciência coletiva da necessidade dessa mudança, agora.

Referências:

www.blograizes.com.br/o-que-e-credito-de-carbono-e-qual-sua-importancia-em-nossas-vidas.html
ecoamigos.wordpress.com/.../o-que-e-credito-de-carbono/
www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?.../creditos
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Mensagem por helvio renato novembro 13th 2009, 15:23

O homem moderno alterou drasticamente o nosso sagrado meio ambiente. Este frágil equilíbrio conquistado depois de milhões de anos de evolução foi perturbado e o futuro da vida inteligente na Terra está em cheque.

O aquecimento global é facilmente comprovado pelas plantas que florescem em pleno inverno. A primavera tem se antecipado em diversas partes do mundo. O fenômeno pode ser sentido não só nos termômetros e nas plantas mas na nossa própria pele. Para piorar este cenário quente, as tempestades estão ficando mais fortes e imprevisíveis.

Se você acha que o que estão falando sobre as mudanças climáticas é exagero, abra os olhos. O clima já mudou bastante, mas pode ficar muito pior...

Por isso temos que nos conscientizar, nos informar mais contribuindo assim para a preservação do meio ambiente pois se cada um fizer a sua parte tudo fica mais fácil.

Do ponto de vista desta disciplina as novas tecnologias a favor da nação beneficia as pessoas, as empresas e principalmente a nação contribuindo assim para a sustentabilidade do planeta.

O fato de que as tecnologias envolvidas no projeto de crédito de carbono seja liberada como domínio público se atribui as seguintes razões:

1) A preocupação com o meio ambiente está acima de qualquer coisa e deve ser feito o que for necessário para a redução de emissão de gases de efeito estufa.

2) Trata-se de uma questão de caráter global que tem influencia no mundo todo. Tanto nas gerações atuais quanto nas gerações futuras, beneficiando assim milhões de pessoas contribuindo para a preservação do meio ambiente tendo assim um planeta sustentável.

3) O objetivo principal do crédito de carbono é diminuir os poluentes. Deve-se prevalecer interesses da nação acima de tudo.

Fontes:

http://www.ambientebrasil.com.br

http://www.blograizes.com.br

http://www.meioambienteurgente.blogger.com.br

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Créditos de Carbono

Mensagem por Bernardo - 20675002 novembro 15th 2009, 09:37

Os Créditos de Carbono são certificados gerados por projetos que, comprovadamente através de metodologias, reduzam ou absorvam emissões de gases do efeito estufa. Os compradores destes créditos são empresas ou governos de países desenvolvidos que precisam alcançar metas (instituídas pelo Protocolo de Quioto, pela própria empresa ou outros programas) de redução destas emissões, e os vendedores são diversificados dependendo do país de origem do projeto.

De acordo com o país de origem ou do esquema em que são negociados os créditos, eles podem ter várias formas (todos equivalentes a uma tonelada de dióxido de carbono reduzida):

- RCEs (Reduções Certificadas de Emissões) Certificados resultados de projetos de MDL.

- ERUs (Emission Reduction Units – Unidades de Redução de Emissões) Certificados resultantes da Implementação Conjunta.

- AAUs (Assigned Amount Units – Unidades de Quantidades Atribuídas) Quantidade de gases do efeito estufa que cada país do Anexo B do Protocolo de Kyoto pode emitir durante o primeiro período de compromisso. Podem ser negociadas.

- EUAs (European Union Allowances – Permissões da União Européia) Unidade negociável sob o esquema de comércio de emissões da União Européia.

- VERs (Verified Emissions Reduction – Reduções Verificadas de Emissões) Certificados resultantes de projetos negociados no mercado voluntário de carbono.

- VCS (Voluntary Carbon Standard) Um dos padrões para desenvolvimento de projetos voluntários (ver VCS).

As quantidades de toneladas de CO2 ou outros gases economizadas ou seqüestradas da atmosfera são calculadas por empresas especializadas de acordo com determinações de órgãos técnicos da ONU (no caso do Protocolo de Quioto). Por exemplo, uma tonelada de óleo diesel trocado por biodiesel gera o direito a 3,5 toneladas de créditos. Um hectare de floresta de eucalipto absorve por hectare, por ano, 12 toneladas de gás carbônico. Um grande aterro sanitário que capte o metano e o transforme em eletricidade, pode ter o direito a milhões de toneladas de créditos por ano (Dados do Jornal do Meio Ambiente).

Exemplo de projetos:

Holanda financia usina elétrica movida a biomassa, com potencial de 8 MW de energia gerada a partir da queima da casca de arroz no Rio Grande do Sul. A Bioheat International (trader holandesa) negociou os créditos de carbono com a Josapar e com a Cooperativa Agroindustrial de Alegrete no valor de cinco dólares por tonelada de carbono. A Holanda é país integrante do Anexo 1 da Convenção e pretende atingir metade das metas de reduções internamente e a outra metade no exterior (www.diariopopular.com.br, 2004);

Projetos de aproveitamento do gás metano liberado por lixões das empresas: Vega, de Salvador (BA), e Nova Gerar, de Nova Iguaçu (RJ). O gás metano é canalizado e aproveitado para gerar energia, deixando de ser liberado na atmosfera naturalmente pela decomposição do lixo. Apesar do gás ser o metano, a redução de emissões é calculada em dióxido de carbono: 14 milhões de ton de CO2 em 16 anos para a Vega e 14 milhões de ton de CO2 para a Nova Gerar em 21 anos. Esses dois projetos são oficialmente os dois primeiros aprovados pelo governo brasileiro sob as regras do MDL (www.oestadao.com.br, 2004);

Projeto Carbono Social, localizado na Ilha do Bananal (TO), esse projeto reúne as qualidades de seqüestro de carbono em sistemas agroflorestais, conservação e regeneração florestal com enfoque principal no desenvolvimento sustentável da comunidade. A princípio o projeto não pretendia reivindicar créditos de carbono e foi financiado pela instituição britânica AES Barry Foundation e implementado pelo Instituto Ecológica. A meta inicial de conservação do estoque e seqüestro de carbono era de 25.110.000 ton de C em 25 anos, mas pela não concretização de parcerias esse estoque de C foi drasticamente reduzido( Fixação de Carbono: atualidades, projetos e pesquisas, 2004; Carbono Social, agregando valores ao desenvolvimento sustentável, 2003);

Projeto Plantar, primeiro projeto brasileiro do Fundo Protótipo de Carbono. Com cunho comercial, essa empresa de reflorestamento nasceu com incentivos de plantação de eucalipto no fim dos anos sessenta e mais tarde para aproveitar a matéria prima entrou para o setor siderúrgico. Seus créditos são provenientes da substituição de uso do carvão mineral para vegetal, melhoria dos fornos de carvão pela redução da emissão do metano e reflorestamento de 23.100 hectares com eucalipto, totalizando 3.5 milhões de ton de C.

Fonte: Carbono Brasil – www.carbonobrasil.com


Última edição por Bernardo - 20675002 em novembro 22nd 2009, 08:23, editado 1 vez(es)
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Mensagem por DENILSON ARCENIO 20575056 novembro 16th 2009, 20:54

A idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima
Em função disso foi criado um certificado que é emitido pelas agências de proteção ambiental reguladoras, atestando que houve redução de emissão de gases do efeito estufa. A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo com a quantidade de emissão de carbono reduzida.

Foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.

Existem dois tipos de mercado de carbono. O primeiro é o mercado formal, constituído a partir do Protocolo de Quioto, firmado durante a Terceira Conferência das Partes (COP 3) da Convenção do Clima em 1997 no Japão. O tratado internacional fixa metas de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEEs) em 5,2% em média para os países desenvolvidos – também chamados de “países do Anexo I”. Essas metas são distribuídas entre as empresas de cada país. Quando ultrapassam suas metas, as empresas possuem três opções: pagar multa (na Europa, o valor atual está em cerca de 80 euros por tonelada de CO2 emitida em excesso); comprar crédito de emissão de outras empresas (saldo de allowances, permissões); ou comprar créditos de projetos implementados em países em desenvolvimento.

Os países em desenvolvimento – fora do Anexo I – não possuem metas de emissão. Participam do mercado formal vendendo créditos de carbono gerados a partir de projetos que reduzem o nível de emissão de gases de efeito estufa. Esse sistema é conhecido como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O MDL é baseado no cálculo de GEEs evitado. Por exemplo, uma indústria que comprova cientificamente que deixou de emitir GEEs a partir da implementação de uma determinada tecnologia pode obter créditos de carbono. Isto é, a quantidade de GEEs que não foram emitidos tornam-se Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), créditos para serem comercializados em bolsas de valores.

O segundo é o mercado voluntário e se subdivide em duas modalidades. A primeira é o mercado voluntário, resultado da livre iniciativa de determinadas empresas de reduzirem suas emissões além da meta que lhes é atribuída. A segunda modalidade é o mercado voluntário contratual. É o caso de empresas que se associam e fixam metas compartilhadas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Uma vez que decidem ingressar na associação são obrigadas a cumprir as metas estipuladas, sob pena de multa. Esse acordo gera um mercado de créditos de carbono baseado em Reduções Verificadas de Emissões (VERs – Verified Emission Reduction). A Bolsa de Chicago (CCX) é o espaço mais tradicional em que as transações de créditos ocorrem. A CCX tem se associado com Bolsas em diversos países do mundo nos últimos anos. A Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e o governo do Rio de Janeiro discutem a possibilidade de criação, na capital do estado, de filial da CCX.



http://www.sae.gov.br/site/?p=452
http://carbonosocial.wordpress.com

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Mensagem por William Fontanezzi 206750 novembro 16th 2009, 22:45

O programa de Crédito de Carbono, consiste basicamente em estabelecer metas, baseada em projetos de melhoria para que o País praticamente e que ratifica o Protocolo de Kyoto, possa baixar as emissões de gases poluentes (carbono, metano e outros..).
Ao baixar a emissão este país “ganha” créditos, onde estes podem ser vendidos ou negociados com outros países ratificadores. Conforme trecho da matéria falando sobre o Brasil:

“O Brasil tem potencial para movimentar US$ 1,2 bilhão em créditos de carbono em 2012, segundo cálculo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A estimativa foi baseada em dados do Núcleo de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República, e leva em conta redução de emissão de CO2 de até 60 milhões de toneladas por ano, que serão comprados na forma de créditos por países poluidores por entre US$ 10 e US$ 20 a tonelada.”

O fato é que, para que o país participante possa adquirir créditos, este tem de apresentar um projeto de melhoria de emissões, onde a EB (Executive Board), que é um orgão da ONU, avalia o mesmo e credita o país.
O que acontece é que o projeto de crédito de carbono não pode ser aprovado se todo o projeto não estiver em “domínio público”, ou seja, este não pode ter nada confidencial. Tudo o que estiver no projeto para realizar as reduções de emissões tende de estar disponível para todos os outros países ratificadores.

Ao meu ponto de visto vejo isso por um lado muito positivo, visto que todos estamos buscando um objetivo comum: a qualidade de nossa atmosfera, que de uma certa forma está diretamente ligada com a nossa qualidade de vida.
Julgo ser pelo ou menos interessante, expor todos os projetos para melhoria de emissão de poluentes para que todos possam analisar e utilizar métodos de outros países, caso julgue viável sua implementação em seu próprio país.

Se esta prática não fosse imposta como obrigação para aprovação do projeto, poderia haver países que não disponibilizariam seus projetos para talvez conseguir uma redução maior que os outros, pensando em vender seus créditos posteriormente. Porém não vejo como sendo uma posição correta, visto que os países pensariam mais si próprios e não estariam objetivando o real motivo que é a preservação da camada de ozônio que hoje já está bem debilitada.

Então, concluo que esta obrigação de divulgação foi muito bem imposta, e com isso todos teremos a oportunidade de atingir melhores índices de melhoria, seja se baseando em projetos de outros países ou não.


http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL52533-9356,00-CREDITO+DE+CARBONO+PODE+RENDER+US+BI+AO+PAIS.html

http://www.onu-brasil.org.br/doc_quioto.php
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Mensagem por Eduardo Roque 20675080 novembro 17th 2009, 07:00

Analisando pelo ponto de vista em que a empresa tem que fazer todo um investimento para desenvolvimento de tecnologia para se adequar as metas de poluição, e em seguida lançar isto em domínio publico sem poder patentear;
De certo modo seria um prejuízo, mas isto se falando produtos comuns, onde se é possível criar patentes, e o principal beneficiado não é a humanidade.
Como neste caso estamos falando do meio ambiente, de beneficios para nos mesmos, seria injusto com o meio ambiente, e a proposta principal do programa estaria sendo deixada de lado, para fins econômicos.
Uma boa saída seria parceria de entidades com mesmo setor de atuação, buscarem desenvolvimentos em parceria, ou em casos que alguma instituição utilizar o projeto de uma empresa que teve todo um trabalho de desenvolvimento em cima, creditasse para esta empresa que desenvolveu, algum bônus, em forma de credito. Esta atitude pode até incentivar mais empresas a desenvolver novas tecnologias.
No Brasil, os principais órgãos que mantêm estudos sobre o mercado de créditos de carbono estão ligados à Universidade de São Paulo – USP. Os principais projetos estão relacionados ao setor energético: pequenas hidrelétricas, termelétricas que utilizam biomassa como combustível, compostagem e biodigestores, e utilização de gases de dejetos urbanos de aterros sanitários (CEPEA/USP, 2006). O país é pioneiro entre as nações em desenvolvimento também na instalação de um processo de comercialização adequado, por meio do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões – MBRE, implantado pela Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F. Esta comercialização, contudo, não é obrigatória, e os créditos podem ser vendidos diretamente, ou nas bolsas dos países desenvolvidos.
Até janeiro de 2007, existiam 205 projetos brasileiros em tramitação, em alguma das etapas de validação pela ONU (figura 4). Em primeiro lugar nesta lista está a
Índia, com 549 projetos, e em segundo a China, com 226 projetos. Esta distância,
contudo, tende a crescer, pois, nos últimos quatro meses, os indianos apresentaram 132 novos projetos, e os chineses 107, contra apenas 7 novos projetos brasileiros (MCT, 2007). Este cenário só mudará se houver a entrada dos pequenos empresários brasileiros no mercado de créditos de carbono.
Com relação à redução de emissões, os projetos brasileiros representam 185milhões de toneladas de CO2, 11% do total mundial. Se comercializados a US$ 8,00/tonCO2 e mantido o crescimento de 40% ao ano no número de projetos (índice de 2005), no ano 2015 este mercado significará para o Brasil o acréscimo ao PIB de cerca de R$ 53 bilhões, ou 2,2% do PIB (tabela 1 e figura 5), contribuição superior a todo o setor de transportes (IBGE, 2006).
Se a remuneração for em torno de US$ 13,00/tonCO2, em 2015, os negócios
chegarão a R$ 86 bilhões, e representarão 3,6% do PIB (tabela 2 e figura 6), índice superior aos setores extrativista e de comunicações, e também aos setores agrícola (R$ 83,4 bilhões) e pecuário (R$ 64,8 bilhões).
As últimas cotações internacionais apontam, no começo do ano de 2007, para
US$ 20,00/tonCO2. É uma receita de que país nenhum pode abrir mão, principalmente o
Brasil, cujo crescimento anual do PIB não tem superado os 3%. A elevação do PIB em mais 3,6% possibilitará ao país o “reforço de caixa” em diversos setores estratégicos, como a educação, que investiu em 2006 4,4% do PIB (seria, portanto, um aumento de 80% na verba deste setor), ou a saúde, com 8% (aumento possível de 45%).
O crescimento do mercado de créditos de carbono no Brasil passa, essencialmente, pela participação ativa do Governo Federal, seja por meio de parcerias público-privadas, seja através de seus Ministérios ou de seus Estados-membros. Como sabemos as regras deste mercado devem ser de domínio público, ou seja, deve-se promover a disseminação do conhecimento acerca das regras de aprovação de projetos de MDL. De outra forma, nunca se chegará aos patamares projetados e, ao contrário, outra nação irá ocupar este espaço no mercado.
iesten et al. (2002) dizem que a eficiência funcional deste mercado requer a
construção cuidadosa de princípios e regras internas (nacionais) para a comercialização e operação, com vistas a garantir o máximo desempenho econômico, e poucos impactos sociais e ambientais negativos. Estes autores propõem, inclusive, que o Estado fiscalize a comercialização de créditos de carbono, para evitar a participação de intermediários, que normalmente se apropriam de grande parte da lucratividade de um projeto de MDL.
Congressos e seminários devem ser realizados, com vistas a incentivar a participação de médios e pequenos empresários neste mercado, mas não somente nos grandes centros (as capitais estaduais), e sim nas pequenas e médias cidades. É lá que estão os futuros projetos de MDL do país. É assim que têm agido os líderes deste mercado, Índia e China. A parceria entre municípios, Estados, Governo Federal, universidades, ONG’s e a iniciativa privada é o caminho que o Brasil deve seguir para crescer cada vez mais no mercado mundial de créditos de carbono.

www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?.../creditos...
www.brasilescola.com/.../creditos-carbono.htm
Palestra Dr. Grace

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Mensagem por Uilian Almeida 20675029 novembro 17th 2009, 10:53

A redução de emissões de carbono, sem dúvida é uma preocupação de todos ou ao menos deveria ser. Apesar disto o fato de vivermos em um mundo capitalista faz com que a inversão de atitudes que provocam ou provocarão um futuro incerto para esta humanidade somente seja aplicada de forma concreta se isto obtiver um estímulo financeiro, esta é a intenção da aplicação do sistema de créditos de carbono. Porém este programa de certa forma volta a priorizar as grandes empresas que possuem grande capital financeiro e humano para investir em P&D ou para comprar tecnologias e cumprir suas metas. A partir da percepção desta falha, de uma forma simples e eficaz a ONU colocou em prática uma maneira de popularizar e disseminar a tecnologia aplicada às indústrias para redução das emissões que foi a obrigatoriedade de se torna pública toda e qualquer tecnologia utilizada com o objetivo de reduzir a emissão de gases que provocam o efeito estufa, esta atitude propicia que cada vez mais empresas apliquem essas tecnologias e por conseqüência atinjam suas respectivas metas de redução. Quanto ao ponto de vista de Gestão da Tecnologia, cabe às empresas que investem em P&D identificarem como obterão maior retorno deste investimento, se submetendo seu processo, com esta inovação, a uma aprovação de projeto de crédito de carbono e por conseqüência de uma aprovação, ofertar seus ganhos em carbono á empresas que não o fazem ou, levando esta tecnologia à obtenção de uma patente e tendo seu investimento retornado com base em seus direitos de patente.


http://www.blograizes.com.br/o-que-e-credito-de-carbono-e-qual-sua-importancia-em-nossas-vidas.html

http://www.suapesquisa.com/o_que_e/credito_carbono.htm

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Mensagem por Ericson Silveira 20675040 novembro 17th 2009, 21:51

Em 1997, a Conferência das Nações Unidas em Kyoto, Japão, adotou um protocolo, pelo qual os países industrializados deverão reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 5%, em relação aos níveis de 1990, entre 2008 e 2012.
Na Conferência, foi criado um instrumento denominado MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, pelo qual estes países poderão investir em projetos de redução de carbono atmosférico de países emergentes, e contabilizá-los como redução de suas próprias emissões. O mercado de créditos de carbono tem sido tema de discussões e controvérsias. Segundo Antonio Said (mestre em Gestão Ambiental, UnicenP) e Maurício Dziedzic (coordenador do Programa de Mestrado em Gestão Ambiental, UnicenP), as vantagens ambientais e econômicas do mercado de créditos de carbono, tanto para o Brasil quanto para o mundo, se desenvolvem em conjunto. Esse é, possivelmente, o grande diferencial do Protocolo de Kyoto em relação a outros programas ambientais: uma ferramenta eficiente de recuperação global do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, e que permite auferir lucros, ou ao menos reduzir custos. O desenvolvimento de novas tecnologias está diretamente ligado às necessidades do Protocolo de Kyoto.
Por outro lado, segundo o jornal Brasil de Fato, muitas mobilizações populares se opõem “às soluções apresentadas pelas indústrias: promover os agrocombustíveis, os desertos verdes das monoculturas florestais, as grandes represas, a energia nuclear e outros arranjos tecnológicos que, longe de serem soluções, agregam novos problemas ambientais e sociais.”
O professor e doutor em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin, Luiz Carlos Baldicero Molion declara: “A verdade é que não há evidências científicas de que a camada de ozônio esteja sendo destruída pelos compostos de clorofluocarbono (CFCs), que são gases utilizados em refrigeração (geladeira, ar condicionado), como Freon 11 e Freon 12 da Du Pont. O que ocorreu foi que, como os CFCs se tornaram de domínio público e já não podiam ser cobrados direitos de propriedades (“royalties”) sobre sua fabricação, as indústrias, que controlam a produção dos substitutos (ICI, Du Pont, Atochem, Hoechst, Allied Chemicals), convenceram certos governos de países de primeiro mundo a darem apoio para a ‘farsa da destruição da camada de ozônio na Antártica’, pois, agora, os seus substitutos recebem ‘royalties’.”
Além das questões apontadas acima, discute-se ainda a necessidade de liberar a tecnologia envolvida na aprovação de um crédito de carbono como “domínio público”.
Dispõe o art. 10, “c”, do Protocolo de Kyoto:
“Cooperar na promoção de modalidades efetivas para o desenvolvimento, a aplicação e a difusão, e tomar todas as medidas possíveis para promover, facilitar e financiar, conforme o caso, a transferência ou o acesso a tecnologias, know-how, práticas e processos ambientalmente seguros relativos à mudança do clima, em particular para os países em desenvolvimento, incluindo a formulação de políticas e programas para a transferência efetiva de tecnologias ambientalmente seguras que sejam de propriedade pública ou de domínio público e a criação, no setor privado, de um ambiente propício para promover e melhorar a transferência de tecnologias ambientalmente seguras e o acesso a elas.”
Se considerarmos a hipótese de que os países que propuseram e assinaram o Protocolo de Kyoto estão realmente bem intencionados e que a preocupação com a emissão de CO2 é real, liberar a tecnologia como domínio público é uma atitude válida, pois visa o bem comum. É importante lembrar que essa é uma imposição tanto aos países desenvolvidos quanto aos em desenvolvimento.
Contudo, do ponto de vista da Gestão de Tecnologia, é preciso lembrar que todo processo de inovação e melhoria tecnológicas demanda um investimento. Haverá capital investido em P&D, sem um retorno financeiro esperado pelas empresas, órgãos ou governos que investirem em tais tecnologias. Sem dúvida, desconsiderando as hipóteses levantadas pelo prof. Molion, o domínio público de tais tecnologias é um motivo nobre. No entanto, é preciso cuidado. Pois se é para o bem de todos, não seria também muito nobre disponibilizar como domínio público as patentes de medicamentos das grandes indústrias farmacêuticas, apenas para citar uma das inovações que podem beneficiar toda a humanidade?

Referências:
http://digao.bio.br/rizomas/polemicas/84-os-creditos-de-carbono-vao-ajudar.html
http://engema.up.edu.br/arquivos/engema/pdf/PAP0063.pdf
http://www.revistaopinioes.com.br/cp/materia.php?id=212
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Mensagem por Maxwell novembro 17th 2009, 22:16

O sistema de créditos de carbono tem por objetivo compensar a emissão de gases que geram o efeito estufa através de um programa que incentiva nos países a vontade política de reavaliar os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento global.
Desta forma foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) vale um crédito de carbono. Demais gases que contribuem para o efeito estufa também são convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.
A negociação deste certificado é feita no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição. Este crédito é concebido de várias formas, alguns exemplos são: reflorestamento; redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis; substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.
Vejo nos créditos de carbono um estímulo para as empresas se moverem em busca de novas tecnologias em seus processos e modelos de manufatura em primeiro instante no intuito de não perder faturamento com gastos relacionados à prática de poluição. Mas no atual cenário industrial temos normas como a ISO 14001 que direcionam as empresas a terem o cuidado com o meio ambiente. Assim, este assunto não deve ser tratado apenas pelo ponto de vista econômico onde “gastou paga, não gastou vende” e sim pelo ponto de vista social, ambiental, cultural e etc. onde todos estão comprometidos com a saúde do planeta independente de onde a poluição é gerada.

http://paginasverdes.org/2009/04/06/credito-de-carbono-como-funciona-e-o-que-e/

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=44864

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Re: Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11)

Mensagem por Gisele Lima novembro 17th 2009, 22:16

Durante a apresentação foi comentado pela Dr. Grace que uma das condições necessárias para aprovação de um projeto de crédito de carbono é e necessidade de que a tecnologia envolvida seja liberada como "domínio público".

Como avalia isso do ponto de vista desta disciplina? A quais razões você atribuiu esta atitude?


Todos que tem acompanhado as questões com relação a mudança do clima entende a importancia do assunto. Acredito que assim como as pessoas, o desenvolvimento e a tecnologia, são os maiores responsáveis por tais efeitos, tem que estar presente e participativamente consciente da necessidade de mudança, não só em habitos como no que diz respeito ao uso consciente da tecnologia. Iniciativas como essa, de tornar tais tecnologias em "domínio publico" seria mais uma demonstração de que a indústria tem, sim, vários projetos e iniciativas que podem comprovar seu compromisso com a questão da mudança do clima. A preocupação com os recursos naturais, com as pessoas, com os níveis de conhecimento e de tecnologia certamente devem estar equilibrados com os aspectos econômicos, e todos os projetos, de alguma forma, devem envolver todas essas variáveis. Dessa forma, a participação de todos, fortalece a vertente ambiental desde a concepção, criação, desenvolvimento e consolidação de empreendimentos inovadores e sustentáveis.

Gisele Lima

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Mensagem por Angelo Rocha 20675079 novembro 17th 2009, 22:54

Os créditos de carbono são uma espécie de moeda que se pode obter em negociações internacionais por países que ainda desconsideram o efeito estufa e o aquecimento global. Esses são adquiridos por países que tem um índice de emissão de CO2 reduzidos, através desses fecham negociações com países poluidores. A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo com a quantidade de emissão de carbono reduzida. Para cada tonelada reduzida de carbono o país recebe um crédito, o que também vale para a redução do metano, só que neste caso o país recebe cerca de vinte e um créditos.
Os países que mais negociam créditos de carbono são os países da Europa e Japão que por liberarem pouco carbono acumulam grande quantidade de créditos aumentando assim a renda do país, pois aliviam os países que desconsideram o Protocolo de Kyoto, estabelecido em 1997, e o aquecimento global, que compram créditos como ocorre com os Estados Unidos e com a Austrália, esses relacionam o acordo à diminuição do desenvolvimento econômico. Algumas correntes defendem a idéia de que os créditos de carbono acabam favorecendo mais ao mercado do que ao ambiente, e outras defendem a idéia de que os mesmos são certificados que autorizam aos países desenvolvidos o direito de poluir. No entanto, cada país tem uma cota máxima de créditos de carbono que pode comprar para cumprir as metas do Protocolo de Quioto; portanto, o assim chamado "direito de poluir" é limitado.
Por outro lado, o sistema de crédito de carbono dá aos países menos poluidores o incentivo para que continuem o processo de valorizar o meio ambiente e em troca melhorar sua economia já que este sistema é altamente rentável aos países que o adere.
Para o crédito de carbono as tecnologias reclamadas, pelas nações interessadas, devem passar por uma analise a nível universitário para que fique provado (matematicamente) o que foi ou não lançado na atmosfera. Sobre a questão do domínio público é como diz neste site que encontrei: [/url]http://digao.bio.br/rizomas/polemicas/84-os-creditos-de-carbono-vao-ajudar.html, o seguinte trecho: "A verdade é que não há evidências científicas de que a camada de ozônio na estratosfera esteja sendo destruída pelos compostos de clorofluorcarbono (CFCs), que são gases utilizados em refrigeração (geladeira, ar condicionado), como Freon 11 e Freon 12 da Du Pont. O que ocorreu foi que, como os CFCs se tornaram de domínio público e já não podiam ser cobrados direitos de propriedade ("royalties") sobre sua fabricação, as indústrias, que controlam a produção dos substitutos (ICI,Du Pont, Atochem, Hoechst, Allied Chemicals), convenceram "certos" governos de países de primeiro mundo (começou com Sra. Margareth Tatcher, Ministra da Inglaterra) a darem apoio para a "a farsa da destruição da camada de ozônio e do aumento do buraco de ozônio na Antártica" pois, agora, os seus substitutos recebem "royalties"; menciona, explica o exemplo do CFCs em "domínio público", pergunta deste fórum em questão. Já no caso dos créditos de carbono, no trecho: "Que finalidade maquiavélica poderiam ter? Há a hipótese de que seja uma forma de estimular os países em desenvolvimento a se estabelecerem como nações agrícolas pouco desenvolvidas, mantendo a supremacia dos países desenvolvidos"; ou seja há jogos de interesses com relação a algo que deveria somente se preocupar com o bem-estar do nosso planeta, maltratado já há tempos por nós seres humanos!!!

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_260001.shtml
http://www.ambienteemfoco.com.br/?p=3414
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Mensagem por Lucas Servilheira20575084 novembro 18th 2009, 06:39

Como avalia isso do ponto de vista desta disciplina?

As regras do mercado de créditos de carbono no Brasil devem ser de domínio público, ou seja, deve-se promover a disseminação do conhecimento acerca das regras de aprovação de projetos de MDL. De outra forma, nunca se chegará aos patamares projetados e, ao contrário, outra nação irá ocupar este espaço no mercado. Para que haja o crescimento desse mercado no Brasil passa, essencialmente, pela participação ativa do Governo Federal, seja por meio de parcerias público-privadas, seja através de seus Ministérios ou de seus Estados-membros.

Niesten et al. (2002) dizem que a eficiência funcional deste mercado requer a construção cuidadosa de princípios e regras internas (nacionais) para a comercialização e operação, com vistas a garantir o máximo desempenho econômico, e poucos impactos sociais e ambientais negativos. Estes autores propõem, inclusive, que o Estado fiscalize a comercialização de créditos de carbono, para evitar a participação de intermediários, que normalmente se apropriam de grande parte da lucratividade de um projeto de MDL.

Congressos e seminários devem ser realizados, com vistas a incentivar a participação de médios e pequenos empresários neste mercado, mas não somente nos grandes centros (as capitais estaduais), e sim nas pequenas e médias cidades. É lá que estão os futuros projetos de MDL do país. É assim que têm agido os líderes deste mercado, Índia e China. A parceria entre municípios, Estados, Governo Federal, universidades, ONG’s e a iniciativa privada é o caminho que o Brasil deve seguir para crescer cada vez mais no mercado mundial de créditos de carbono.


A quais razões você atribuiu esta atitude?

A evolução da consciência ambiental humana, devida às conseqüências de seus atos ao longo de todo o século XX, chegou a seu ponto alto com a instituição do Protocolo de Quioto e seus programas de incentivo a países desenvolvidos e em desenvolvimento para a redução das emissões de GEE’s. Os projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo – MDL são uma ferramenta mais eficiente que os Trading Permits norte-americanos dos anos 1970, e esta nova fonte de receitas possivelmente viabilizará, em conjunto com outras medidas globais, a mudança do modelo industrial de todos os países.

Os próximos anos marcarão a substituição das fontes energéticas esgotáveis por outras, renováveis e de caráter mais “ambiental” (ou menos poluente, segundo alguns autores). Essa mudança atingirá também o próprio modelo de governabilidade de muitas nações: exemplo disso é o interesse norte-americano pelo etanol brasileiro, produzido apartir da cana-de-açúcar: o presidente George W. Bush, em sua recente visita ao Brasil, declarou que pretende substituir 20% da matriz energética de seu país (dependente em muito de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral) por combustíveis renováveis, entre eles os derivados de álcool, e que o Brasil é o parceiro ideal para o futuro. Indiretamente, o governo Bush também presta alguma satisfação à opinião pública, que, ano a ano, vem exercendo pressão sobre o maior poluidor industrial do planeta.

O mercado de créditos de carbono é importante não só para o Brasil enquanto nação, mas também para seus Estados-membros, quando patrocinadores de projetos. O desenvolvimento de um projeto de MDL requer a qualificação da mão-de-obra envolvida e sua necessária formação intelectual (como cursos de pós-graduação e extensão universitária), e também promove a abertura de novos postos de trabalho, a grande maioria na zona rural. É tarefa que exige a participação ativa do Governo Federal; este é o único capacitado a movimentar todas as partes envolvidas – iniciativa privada, Estados, municípios e ONG’s – em direção à conquista deste mercado.

REFERÊNCIAS
www.cepea.esalq.usp.br/economiaambiental
http://engema.up.edu.br/arquivos/engema/pdf/PAP0063.pdf
www.mct.gov.br/clima
http://search.icfi.com/search?q=carbon%20credits&site=ICFi&sort=date%3AD%3AL%3Ad1&output=xml_no_dtd&oe=UTF-8&ie=UTF-8&client=ICF&proxystylesheet=ICF
www.bancomundial.org.br/index.php/content/view_projeto/2427.html.[b]

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Tiago Rodrigues 20675094

Mensagem por Tiago Rodrigues novembro 18th 2009, 07:43

Do meu ponto de vista, avalio esta condição de desenvolvimento de tecnologias para redução de emissões de gases que agravam o efeito estufa, como uma fase de inovação tecnológica.
Os países deverão inovar em tecnologia para se tornar competitivos e aumentar seu capital, pois créditos de carbono é uma inovação que conquista novos adeptos a cada dia.
Porém, como discutido anteriormente em sala de aula com você, professor, acredito que este mercado será responsável pela limitação do desenvolvimento dos países emergentes e/ou em desenvolvimento e pela autorização do direito de poluir para os países desenvolvidos. O princípio será simples, as agências de proteção ambiental reguladoras emitirão certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes as indústrias que mais poluem no País e que estão dispostas a comprar créditos de carbono, ao invés de investir na redução dos mesmos, ou até mesmo pela incapacidade de conseguir chegar nas metas impostas, devido ao processo e/ou produto.
Porque, digo que os países desenvolvidos limitarão o desenvolvimetos destes países?
Porque, como podemos ver ao longo da revolução industrial, infelizmente, os países que mais se desenvolveram foram os que mais poluíram. E é assim até hoje, não é “atoa” que os EUA é o pais que mais libera gases que aumentam o efeito estufa.
E quando o crédito de carbono “cair” em domínio mundial, as empresas especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na atmosfera (em sua maioria dos países desenvolvidos), venderão cotas dos países subdesenvolvidos e
em desenvolvimento, que em geral emitem menos poluentes, para os que poluem mais. Enfim, negociarão contratos de compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.
Sendo assim, concluo que a poluição não pode ser considerada mercadoria, ainda mais quando se deseja eliminá-la. Em segundo, não serão os países sub-desenvolvidos e em desenvolvimento, os contemplados nesta troca, porque ela é realizada entre grandes corporações nacionais e transnacionais. Além disso, só é possível realizar tais trocas em um mercado fortemente globalizado, já
que esses títulos migrarão de um país para o outro com a mesma velocidade que migram os investimentos globalizados, num círculo restrito de países mais ou menos desenvolvidos.
Além do mais, existe o risco dos certificados de carbono serem transformados apenas numa operação financeira para dar lucros aos países desenvolvidos e acabar não gerando nenhuma vantagem para o meio ambiente, pois sempre existe esse risco quando se lida com o mercado financeiro. Um dia após o outro, criam-se contratos com cláusulas complexas e expressões em inglês não raras vezes
escondendo negócios de interesse estrangeiro.

Tiago Rodrigues

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Mensagem por leonardo - 20675025 novembro 18th 2009, 13:07

É evidente o rumo para o qual o meio ambiente está caminhando em razão da globalização, embora todas as suas vantagens. A cada dia a mídia nos divulga as modificações que estão acontecendo com o planeta em função do crescimento acelerado das indústrias e, principalmente, da falta de respeito e pensamento capitalista da sociedade com o meio ambiente. Face a este problema, foi criado o Tratado de Kyoto que estipula metas para os países reduzirem a emissão de gases que provocam o efeito estufa. A partir daí os países, principalmente aqueles em forte crescimento, passaram a se preocupar com as questões ambientais, antes consideradas dispensáveis, ou melhor, não tão importantes. Surgiram então, os créditos de carbono e os projetos MDL. Os países que não possuem capacidade de redução da emissão de gases poluentes na atmosfera investem ou compram projetos de MDL para poderem atingir as metas impostas pelo Protocolo de Kyoto, ou seja, num mundo totalmente capitalista, só estimulando financeiramente para conseguir benefícios para o meio ambiente.

No entanto, o investimento em tecnologia para desenvolver projetos MDL é alto, o que seria viável apenas para grandes empresas. Para tornar mais ampla a participação dos países, a ONU determinou a obrigação de tornar pública qualquer tecnologia envolvida no desenvolvimento de projetos que visem a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa. O objetivo desta prática é disseminar ao maior número possível de interessados o conhecimento da tecnologia envolvida neste processo para que cada vez mais sejam criados projetos MDL e as metas de redução sejam atingidas.

Do ponto de vista desta disciplina, é bastante interessante a divulgação deste processo para que as empresas invistam nestas tecnologias, tornando-se capazes de desenvolver projetos que garantam créditos de carbono e os comercializando entre aqueles que não possuem os projetos e necessitem atingir as metas impostas. O retorno financeiro deste investimento é grande e bastante lucrativo para as empresas.

Referencias:
http://carbonosocial.wordpress.com
http://paginasverdes.org/2009/04/06/credito-de-carbono-como-funciona-e-o-que-e/
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/credito_carbono.htm

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Credito de Carbono

Mensagem por Lucian0 Ramos 20675053 novembro 18th 2009, 15:46

Crédito de carbono.


Os Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. O princípio é simples. O Protocolo de Kyoto obrigou os paises industrializados e responsáveis por 80% da poluição mundial a diminuírem suas emissões de gases formadores do efeito estufa, como o monóxido de carbono, enxofre e metano em 5,2%, base 1990, entre os anos de 2008 e 2012. A tendência desse mercado é crescer de forma significativa, possibilitando aumento de lucros dos países em desenvolvimento através do MDL – o dispositivo foi criado durante as convenções do Protocolo de Kyoto para auxiliar os países ricos na redução de GEE (Gases do Efeito Estufa) emitidos. As nações menos industrializadas não são obrigadas a reduzir os gases decorrentes de suas atividades econômicas, mas a partir de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) podem obter créditos de carbono e vendê-los às nações ricas. Após um breve estudo, concluo que os créditos de carbono se mostram como uma eficaz ferramenta para combater o aquecimento global e proporcionar, de certo modo, a redistribuição de riquezas, através de financiamentos de projetos de MDL. Afirmo isto, pois através de projetos de MDL, os países desenvolvidos, ou seja, os países detentores de riquezas injetam dinheiro na economia de países em desenvolvimento, para que este elabore projetos de redução de emissões de gases na atmosfera. A questão de proporcionar o incentivo financeiro aos projetos de MDL, consequentemente, estarão sendo desenvolvidos mecanismos e tecnologias que visem proporcionar o desenvolvimento sustentável da sociedade moderna, além de promover a conscientização ambiental. Potanto, conclue-se, que o mercado de carbono desempenha satisfatóriamento seu papel dentro do Protocolo de Kyoto, qual seja, a redução dos índices de emissões de gases propagadores do efeito estufa. Este desenvolvimento se dá pela própria proposta dos mecanismos de desenvolvimento limpo, uma vez que, para que um projeto MDL possa ser aprovado e posteriormento certificado pela comissão executiva de MDL, esta deve comprovar que nos seus objetivos encontram-se meios e maneiras de se promover a distribuição de renda nos países participantes do projeto, sustentabilidade ambiental no local de aplicação do projeto, desenvolvimento das condições de trabalho e geração líquida de emprego, capacitação e desenvolvimento tecnológico e a integração regional e articulação com outros setores. O mercado de crédito de carbono é uma realidade inquestionável e o Brasil, dado o seu imenso território, contando com terras férteis e recursos hídricos abundantes, tem tudo para superar a Índia e se tornar o maior executor de projetos de MDL do mundo, aumentando sua participação financeira no mercado mundial de crédito de carbono para mais de 10%. Pode-se dizer que o Brasil ao utilizar o álcool extraído da cana-de-açúcar há mais de vinte anos como combustível “limpo”, e possuir a tecnologia para o desenvolvimento do biodiesel, largou na frente de vários países na execução de projetos de MDL. Fora isso se conseguirmos reduzir o numero de desmatamentos e queimadas ilegais nas nossas floretas e reservas já será uma grande contribuição para a redução das emissões de CO2. O crescimento do mercado de crédito de carbono vem ocorrendo anualmente despertando, cada vez mais, o interesse de grandes empresas multinacionais e autoridades governamentais no mundo inteiro. Porém, para que esse crescimento se consolide se faz necessário a sua imediata regulamentação não só em nível externo, mas interno também. Dar mais transparência a esse mercado é fundamental. Nesse sentido, transparência é sinal de credibilidade e serve para aumentar a confiança das empresas e governos nos projetos de MDL desenvolvidos no Brasil desde a implantação do mesmo até a venda de Certificados de Emissão Reduzidas (Crédito de carbono).
Fontes:
http://www.ambientebrasil.com.br
http://www.carbonobrasil.com/faq.htm
http://www.paginasverdes.org
http://www.notadez.com.br
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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Re: Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11)

Mensagem por Fernando_Riquete_20775112 novembro 18th 2009, 20:08

Créditos de Carbono

Para facilitar o entendimento podemos considerar créditos de carbono como um novo título a ser lançado no mercado capitalista mundial, uma nova "moeda" que tem como principal objetivo auxiliar na redução do aquecimento global.

O Protocolo de Kyoto - 1997

Segundo o acordo firmado pelos governos dos países membros da Organização das Nações Unidas - ONU, quando assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997 os países desenvolvidos e responsáveis por 80% da poluição mundial se comprometeram a reduzir a emissão de gases do efeito estufa (GEE) entre os anos de 2002 a 2012 em relação aos níveis de emissão da década de 1990.

Um dos paises mais poderosos do mundo, se não o mais, o EUA se recusa a aderir a este acordo, alegando a não comprovação cientifica de 100% do conteúdo do protocolo, advertindo ainda mais pesquisas a respeito do assunto. Talvez não tenha aderido ainda pelo fato de estar apreensivo quanto a reação de suas industrias internas ou pela repercussão mundial se não atenderem as expectativas, pois um dos motivos de os EUA ser uma potencia mundial ate hoje é pelo fato de “sacrificar” a natureza para poder ser uma potencia econômica mundial.


O Protocolo de Kyoto e os Créditos de Carbono

Para alguns dos países desenvolvidos, reduzir a emissão de gases do efeito estufa pode significar alterações profundas colocando em riscos suas economias. É justamente para evitar essa possibilidade causar efeitos na economia dos países desenvolvidos que foi criado pelo Protocolo de Kyoto um sistema chamado de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL, inserido neste os créditos de carbono.

Créditos de Carbono - como funciona

De acordo com regras estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, países desenvolvidos com metas de redução das emissões de dióxido de carbono podem investir em projetos que diminuam as emissões em qualquer outro país e contabilizarem as emissões não realizadas em sua cota. Uma empresas que não tem licenças suficientes para cobrir suas emissões de gases do efeito estufa - GEE devem fazer reduções ou então comprar créditos de carbono excedentes de outras corporações.

Vale lembrar que se uma empresa se desenvolver uma tecnologia ou um processo mais eficiente (em relação a preservação do meio ambiente), para que se possa usufruir dos créditos de carbono (vender ou usar) é expressamente proibido patentear esta tecnologia ou processo, pois restringiria enumeras empresas a usarem também esta tecnologia, sendo assim, o protocolo de Kyoto não seria uma medida para combate as emissões e nem faria o menor sentido.

Exemplo Prático - Aterro Bandeirantes

Aterro Bandeirantes em São Paulo, é considerado um dos maiores depósitos de lixo do mundo, recebendo cerca de 7 mil toneladas de lixo gerado pela cidade de São Paulo, isto é
a metade do que a cidade produz. Neste local os gases produzidos, originários da decomposição de matéria orgânica eram queimados em drenos verticais e lançados na atmosfera. Para evitar a queima sem controle e o lançamanto toneladas de poluentes para a atmosfera e contribuindo para a redução da emissão de gases do efeito estufa - GEE, foi desenvolvido o projeto de construção de uma Central Térmica a Gás do Aterro Sanitário municipal Bandeirantes.

O projeto

Consistiu na implantação de uma unidade de produção de energia limpa, a partir do aproveitamento adequado do gás metano gerado pelo lixo, a técnica consiste em converter o metano gerado pelo lixo, em gás carbônico - CO2, com a queima controlada do metano - CH4 e aproveitando para gerar energia. Embora haja emissão de CO2, o ganho é explicado de o metano ter um poder de poluição 21 vezes maior que o gás carbônico. Significando que a conversão de uma substância em outra gera créditos de carbono.

Os Créditos de Carbono - Entendendo

Essa redução de gases da Usina do Aterro Bandeirantes é convertido em Créditos de Carbono, onde cada crédito equivale a uma tonelada do gás, com valor de mercado atual entre 12 a 18 Euros, variando de acordo com a cotação internacional, passa a ser um certificado para venda similar ao mercado de ações.

O Primeiro Leilão

Dia 26 de setembro de 2007 foi realizado o primeiro leilão de carbono no Brasil e na América Latina, o evento aconteceu na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) , em São Paulo, o banco belgo-holandês Fortis comprou os 808.450 créditos ofertados pela Prefeitura de São Paulo, referente ao projeto da Central Térmica a Gás do Aterro Sanitário Municipal Bandeirantes pelo qual pagou 16,20 Euros por cada crédito (cada tonelada). Esses créditos de carbono podem ser usados pelo banco tanto para cumprir eventuais metas de redução de emissão de gases de efeito estufa como para vender no mercado internacional, principalmente o europeu, onde seu preço já ultrapassa os 20 euros.

Referencias:

http://www.mundovestibular.com.br/articles/798/1/CREDITOS-DE-CARBONO/Paacutegina1.html
http://dictionary.reference.com/browse/Kyoto+Protocol
http://www.planete-energies.com/content/energies/futur/mankind-planet/greenhouse-effect.html

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Mensagem por Agnaldo20675071 novembro 18th 2009, 21:26

Avalio como uma decisão acertada porque se não fosse de “domínio público” teria que se pagar royalties reduzindo a difusão de uma inovação tecnológica que pode acarretar um enorme beneficio a população mundial.
As razões seria um processo mais lento de pesquisa para redução da poluição, e tempo é o que não se tem como podemos avaliar pelas profundas alterações climáticas.
Teríamos que esperar muito tempo para esperar uma batente expirar sua validade.
Mesmo sendo de domínio público nosso país esta muito defasado nos projetos relativos ao crédito de carbono com podemos ler abaixo


“Estimativa do potencial de participação anual do agronegócio brasileiro no mercado de créditos de carbono para o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto (2008-2012).
Existem, atualmente, 23 projetos de MDL oficialmente aprovados em todo o mundo, no âmbito da Convenção. Destes, apenas 2 são brasileiros, ambos de queima de gases em aterros sanitários, portanto, não vinculados ao agronegócio.”


http://www.blograizes.com.br/o-que-e-credito-de-carbono-e-qual-sua-importancia-em-nossas-vidas.html
http://www.biodieselbr.com/credito-de-carbono/mdl/index.htm

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Mensagem por Agnaldo20675071 novembro 18th 2009, 21:44

Para informação de todos.
Por Reuters, reuters.com, Última atualização: 18/11/2009 14:11Clima é mais urgente que solução política no Tibete--Dalai Lama
ROMA (Reuters) - O Dalai Lama pediu nesta quarta-feira que a China agisse para evitar o derretimento das geleiras do Tibete, dizendo que a crise ambiental é mais urgente do que uma solução política sobre o futuro do Tibete.

Durante uma cúpula sobre a fome mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) em Roma, na Itália, o líder budista exilado advertiu que os rios alimentados pelas geleiras do Tibete e as montanhas cobertas de neve poderiam desaparecer entre 15 e 20 anos. Ele pediu que a China estudasse o problema junto a especialistas tibetanos.

"Uma solução política (para o Tibete) pode levar tempo, mas tudo bem, podemos esperar", disse o Dalai a jornalistas.

"Mas danos à ecologia, ano a ano, continuam acontecendo, então realmente precisamos de estudos sérios e precisamos ter um plano de proteção ambiental. Isso é muito, muito importante".

O platô Qinghai-Tibete é a fonte de muitos rios da Ásia, incluindo o Yang-tsé e o Mekong.

(Reportagem de Gavin Jones)

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Mensagem por Thiago Varela 20675086 novembro 24th 2009, 10:04

Apesar de já ter sido bem comentado pela turma e principalmente pelo Pedro Augusto, segue abaixo mais um comentário sobre o assunto tratado na palestra:

Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão de outros gases que também contribuem para o efeito estufa também pode ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de Carbono Equivalente.

Créditos de carbono sao de GEE dando um valor monetário à poluição. Acordos internacionais como o Protocolo de Quioto determinam uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países por sua vez criam leis que restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional.

Os países desenvolvidos podem promover a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento através do mercado de carbono quando adquirem créditos de carbono provenientes destes países.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Agora tratando sobre o questionamento feito no fórum, que uma das condições necessárias para aprovação de um projeto de crédito de carbono é a necessidade de que a tecnologia envolvida seja liberada como "domínio público".

O Tairrone explicou muito bem esse questionamento e eu concordo com o que ele disse, se isso realmente acontecer cada vez mais empresas estarão aderindo a esse programa.

Domínio público, no Direito da Propriedade Intelectual, é o conjunto de bens culturais, de tecnologia ou de informação - livros, artigos, obras musicais, invenções e outros - cujos direitos econômicos não são de exclusividade de nenhum indivíduo ou entidade. Tais bens são de livre uso de todos, eis que integrando a herança cultural da humanidade.

Bens integrantes do domínio público podem ser objeto, porém, de direitos morais, cabendo sempre citar-lhe a autoria e a fonte.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Re: Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11)

Mensagem por Edson 20675026 novembro 24th 2009, 22:03

A ideia de criar um sistema de crédito de carbono foi em virtude de compensar a emissão dos gases do efeito estufa e com isso amenizar o seu impacto no aquecimento global.
Esses créditos são negociados no mercado internacional onde, quem cria situações que reduz os gases do efeito estufa, passa a ter um valor monetário por conter a poluição.
Com isso a busca por novas ideias e novos projetos científicos esta fazendo com que as empresas e instituições busquem soluções para amenizar o aquecimento global.
Sem dúvida esta corrida pela diminuição da poluição fará com que novas tecnologias, novos sistemas de produção, novos materiais, etc. surgem como diferenciais, para que com isso, nos tornemos auto sustentável e necessariamente tenhamos que ter responsabilidade socioambiental, valorizando a criação de energias limpas e de fontes renováveis para reduzirmos as emissões de poluentes.


Por Edson de Souza 20675026

Referência:

Revista Exame, edição 954 – 21/10/2009 pág. 148.
http://www.ambientebrasil.com.br
http://www.carbonobrasil.com/faq.htm

Edson 20675026

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Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11) Empty Re: Texto 08 - Crédito de Carbono (data limite da resposta 18/11)

Mensagem por Paulo Ricardo novembro 25th 2009, 07:59

Créditos de carbono visa compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima.

Em função disso foi criado um certificado que é emitido pelas agências de proteção ambiental reguladoras, atestando que houve redução de emissão de gases do efeito estufa. A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo com a quantidade de emissão de carbono reduzida.

Foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.

Esse certificado é negociado no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição. Há diversos meios para consegui-lo, alguns exemplos são: reflorestamento; redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis; substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), entre outras; aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.

Em acordos internacionais os países desenvolvidos passaram a ter cotas máximas para emitir esses gases do efeito estufa. Coube a esses países criar leis para restringir a emissão desses gases em seus territórios.

Os países ou suas indústrias que ultrapassarem as metas estabelecidas terão que comprar os certificados de crédito de carbono, da mesma forma que quem conseguir reduzir suas emissões poderá vender o excedente dessa redução de emissão de gases nas Bolsas de Valores e de Mercadorias a outros países ou indústrias que necessitem desses créditos.

O mercado de carbono possui um critério que se chama adicionalidade. Segundo este, um projeto precisa absorver dióxido de carbono da atmosfera, no caso de reflorestamentos, ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa, no caso de eficiência energética.

Algumas pessoas criticam esses certificados por entenderem que eles autorizam países e indústrias a poluir. E isso pode ser verdade, pois a intenção da criação desse certificado era organizar critérios de neutralização da emissão desses gases poluidores.

Porém, também havia embutido dentro do programa a intenção de que os países que fossem os maiores poluidores diminuissem suas emissões, e que esse mercado de carbono servisse de estímulo para incentivar os países em desenvolvimento para que, atraídos pelo ganho financeiro, cuidassem melhor de suas florestas e evitassem queimadas.

Mas não foram suficientes os alertas e os estímulos financeiros. Algumas empresas continuam a destruir as florestas pela sua ganância e ignorância, esquecendo que as conseqüências serão muito graves para todos nós e as gerações futuras.

Duas atitudes deveriam ser adotadas imediatamente por todos os governos do mundo. A primeira seria a diminuição em percentuais importantes das emissões de gases poluentes, seja nas indústrias ou nos transportes. A segunda, agir fortemente contra o desmatamento descontrolado das florestas.

Por tudo isso, a criação dos créditos de carbono tem um papel importante de conscientização dos países e suas indústrias, mas não será suficiente para resolver esse problema se não houver vontade de todos os envolvidos. Governos, empresas e sociedade devem sentar-se juntos e discutir como mudar esse crime, que é contra o meio ambiente, mas, principalmente, contra nós mesmos.

Paulo Ricardo

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Mensagem por Fabio Cavassani 20675096 novembro 26th 2009, 15:49

Sou totalmente de acordo com que a tecnologia envolvida em projetos de crédito carbono seja de domínio publico, já que falamos tanto em aquecimento global e evolução ao mesmo tempo e que a disciplina em questão também fala em inovações tecnologicas. Como podemos evitar o aquecimento global, viver no mundo como era antes em que não se haviam tantas variações climáticas como hoje, se o mundo for egoísta e achar que com os créditos carbonos conquistados, salvariam somente seus países das mudanças climáticas no mundo?
De certo, os projetos de crédito carbono, devem ser abertos aos domínios públicos já que se fala tanto em salvação do planeta TERRA.

Sabe-se que muitos dos lideres mundiais, fazem discurso de preocupação com meio ambiente, mas que na verdade os que lhes interessa nada mais é do que sua economia continue crescendo e se multiplicando, buscando se tornar as maiores potências mundiais.

De nada adianta se falar que o desmatamento da Amazônia está reduzindo a cada ano, sendo que ainda continua desmatando. Só estamos adiando cada vez mais o fim de nossas florestas. Imagine que a Amazônia seja uma pizza, e que essa pizza tenha sua metade cortada em pedaços grandes e sua outra em pedaços pequenos. É obvio que a de pedaços grandes acabará primeiro que a de pedaços pequenos, contudo sabe-se que essa pizza irá acabar.
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Mensagem por felipepirk20675067 novembro 26th 2009, 20:58

Sou também de acordo com a Drª. porque os créditos de carbono são uma espécie de moeda que se pode obter em negociações internacionais por países que ainda desconsideram o efeito estufa e o aquecimento global. Esses são adquiridos por países que tem um índice de emissão de CO2 reduzidos, através desses fecham negociações com países poluidores. A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo com a quantidade de emissão de carbono reduzida. Para cada tonelada reduzida de carbono o país recebe um crédito, o que também vale para a redução do metano, só que neste caso o país recebe cerca de vinte e um créditos.
Os países que mais negociam créditos de carbono são os países da Europa e Japão que por liberarem pouco carbono acumulam grande quantidade de créditos aumentando assim a renda do país, pois aliviam os países que desconsideram o Protocolo de Kyoto, estabelecido em 1997, e o aquecimento global, que compram créditos como ocorre com os Estados Unidos e com a Austrália, esses relacionam o acordo à diminuição do desenvolvimento econômico.
Existem pessoas que discutem sobre este sistema de créditos de carbono, pois julgam que este favorece o mercado e não propriamente o meio ambiente como propõe. Também julgam que tal crédito dá aos países poluidores o direito de continuarem poluindo se pagarem pelos créditos que a priori possui cota de compra limitada. Por outro lado, o sistema de crédito de carbono dá aos países menos poluidores o incentivo para que continuem o processo de valorizar o meio ambiente e em troca melhorar sua economia já que este sistema é altamente rentável aos países que o adere.

Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. A empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais.

Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de Mercadorias, como o exemplo do Clean Air de 1970, e os contratos na bolsa estadunidense. (Emission Trading – Joint Implementation).

Há várias empresas especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás espalhadas pelo mundo se preparando para vender cotas dos países subdesenvolvidos e países em desenvolvimento, que em geral emitem menos poluentes, para os que poluem mais. Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.

Valeu!!

felipepirk20675067

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Mensagem por Elias Fischer 20875114 novembro 26th 2009, 21:07

CONCEITO
Em 1997 no Japão, foi assinado o Protocolo de Kyoto por mais de 160 países, em busca de soluções para o problema do aquecimento global, e com o objetivo final de reduzir em 5,2% em relação a maio de 1990 a quantidade de gases poluentes lançados à atmosfera.
Porém, tal redução implicaria em ajustes pesados nos países mais desenvolvidos, podendo comprometer seriamente sua economia. Assim, foi aberta uma, digamos janela, para viabilizar a aplicação das metas, que foi chamada de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) o qual dentre outras coisas, traz a opção de compra e venda dos chamados Créditos de Carbono.
Estes Créditos de Carbono são uma forma de países desenvolvidos com metas de redução das emissões de dióxido de carbono poderem investir em projetos que diminuam as emissões em qualquer outro país e contabilizarem posteriormente as emissões não realizadas em sua cota.
Os governos calculam quanto precisam diminuir e repassam essa informação às indústrias do país, estabelecendo uma cota para cada uma. Essas empresas podem adotar medidas de eficiência energética para atingir suas metas ou ir ao mercado e comprar créditos de carbono (um crédito de carbono equivale a 1 tonelada de dióxido de carbono). Daí a compensação: já que a empresa não vai conseguir reduzir suas emissões, ela compra esse "bônus" de terceiros.
Para que uma empresa tenha direito a vender créditos de carbono, precisa cumprir dois requisitos: contribuir para o desenvolvimento sustentável e adicionar alguma vantagem ao ambiente, seja pela absorção de dióxido de carbono (por exemplo, com o plantio de árvores), seja por evitar o lançamento de gases do efeito estufa na atmosfera - a quantidade de CO2 que ela retirar ou deixar de despejar na atmosfera é que pode ser convertida em créditos de carbono. Do total desses créditos disponíveis para venda no mercado, 15% vêm do Brasil.

EXEMPLO PRÁTICO
Um exemplo prático disso foi o Aterro Bandeirantes:
Aterro Bandeirantes em São Paulo, é considerado um dos maiores depósitos de lixo do mundo, recebendo cerca de 7 mil toneladas de lixo gerado pela cidade de São Paulo, isto é, a metade do que a cidade produz. Neste local os gases produzidos, originários da decomposição de matéria orgânica eram queimados em drenos verticais e lançados na atmosfera. Para evitar a queima sem controle e o lançamanto toneladas de poluentes para a atmosfera e contribuindo para a redução da emissão de gases do efeito estufa - GEE, foi desenvolvido o projeto de construção de uma Central Térmica a Gás do Aterro Sanitário municipal Bandeirantes.
O projeto consistiu na implantação de uma unidade de produção de energia limpa, a partir do aproveitamento adequado do gás metano gerado pelo lixo. A técnica consiste em converter o metano gerado pelo lixo, em gás carbônico - CO2, com a queima controlada do metano - CH4 e aproveitando para gerar energia. Embora haja emissão de CO2, o ganho é explicado de o metano ter um poder de poluição 21 vezes maior que o gás carbônico. Significando que a conversão de uma substância em outra gera créditos de carbono.
Essa redução de gases da Usina do Aterro Bandeirantes é convertido em Créditos de Carbono, onde cada crédito equivale a uma tonelada do gás, com valor de mercado atual entre 12 a 18 Euros, variando de acordo com a cotação internacional, passa a ser um certificado para venda similar ao mercado de ações.
Essa redução de gases da Usina do Aterro Bandeirantes é convertido em Créditos de Carbono, onde cada crédito equivale a uma tonelada do gás, com valor de mercado atual entre 12 a 18 Euros, variando de acordo com a cotação internacional, passa a ser um certificado para venda similar ao mercado de ações.

UM GRANDE NEGÓCIO
Dia 26 de setembro de 2007 foi realizado o primeiro leilão de carbono no Brasil e na América Latina, o evento aconteceu na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) , em São Paulo, o banco belgo-holandês Fortis comprou os 808.450 créditos ofertados pela Prefeitura de São Paulo, referente ao projeto da Central Térmica a Gás do Aterro Sanitário Municipal Bandeirantes pelo qual pagou 16,20 Euros por cada crédito (cada tonelada). Esses créditos de carbono podem ser usados pelo banco tanto para cumprir eventuais metas de redução de emissão de gases de efeito estufa como para vender no mercado internacional, principalmente o europeu, onde seu preço já ultrapassa os 20 euros.
Trinta bilhões de euros é a expectativa de movimentação do mercado mundial de crédito de carbono para o ano de 2007. Somente o Brasil responderá por 20% desse total, com um potencial de ganho extra de cerca de 6 (seis) bilhões de euros, revela uma pesquisa conduzida pelo consultor Antonio Carlos Porto Araújo, da Trevisan Escola de Negócios.

TENTATIVA DE MORALIZAÇÃO
Como em qualquer negócio, já logo aparecem os chamados "atravessadores", conforme brevemente citado acima. Para inibir a questão mercadológica da iniciativa, a ONU determinou que eventuais melhorias para redução nos níveis de emissão, não poderiam ser patenteados, deveriam tornar-se domínio público.
Pensando em nossa matéria, Gestão da Tecnologia de Inovação, a idéia parece ir na contra-mão, afinal durante o ano letivo aprendemos como ser competitivos com inovações e melhorias, por meio de exemplos positivos e/ou fracassos. Porém em todos os casos, o uso da patente é quase que obrigatório, afinal P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) exigem pesados investimentos, e desta forma, após alcançar alguma inovação que pode ser sucesso no mercado, é normal patentear a idéia. Mas no caso de não permitir que mehorias que gerem os Créditos de Carbono sejam patenteadas, considero que foi uma medida salutar por parte da ONU, afinal esta não foi uma medida mercadológica, mas sim um subterfúrgio o qual possuem as empresas, pois ao invés de pagar multas por não cumprirem suas metas, paguem por alguma melhoria efetuada, e quem ganha ainda é o meio-ambiente (e por tabela nós, como seres humanos).
Apoiar esta idéia e iniciativa não nos torna militantes do Green Peace, afinal os países em desenvolvimento que podem vender os Créditos de Carbono, acabam por investir em melhorias nos seus processos florestais, agrícolas, energéticos, entre outros. Desta forma, caminhamos para uma sustentabilidade (pelo menos era a idéia, infelizmente não estamos conseguindo a meta de redução proposta), onde a inovação tecnológica pode render lucros de uma forma a preservar o meio em que vivemos. Gerações futuras agradecem!

Referências:
http://www.mundovestibular.com.br/articles/798/1/CREDITOS-DE-CARBONO/Paacutegina1.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_260001.shtml

http://www.via6.com/topico.php?tid=126682

Elias Fischer 20875114

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Mensagem por sergio silva - 20575034 novembro 26th 2009, 21:12

Ao longo do ano vimos a importância de desenvolver idéias inovadoras, seja inovação de produtos ou processos. As tecnologias envolvidas na redução dos gases do efeito estufa são inovações, hora radicais, hora na melhoria de uma tecnologia já exisente.
A necessidade da tecnologia envolvida ser liberada como “domínio público”, ou seja, a tecnologia não pode ser patenteada, se dá afim de que possa ser aproveitada em outros países com a mesma finalidade, reduzir os gases. Mas, o mais importante é quando uma tecnologia é criada o inventor pode “gritar” descobri uma tecnologia para reduzir os gases! com isso outros interessados podem compartilhar suas experiências e aperfeiçoar cada vez mais até encontrar uma solução para este problema.
Enfim com a tecnologia em domínio público todos podem compartilhar e evoluir no assunto. Além de que “A idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima.”
Em contrapartida se tem o investimento de países desenvolvidos em países emergentes tipo o Brasil para desenvolver novas tecnologias e depois aplicar em seus países.

sergio silva - 20575034

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